Cultura

CORREIOS GASTAM R$4 MILHÕES NA TURNÊ TEMPO REI DE GILBERTO GIL, DIZ CH

General Pazuello diz que está explicado "porque não temos músicas para salvar a Amazônia mesmo com aumento de 400% no desmatamento"
Tasso Franco ,  Salvador | 14/04/2025 às 17:53
Gilberto Gil e Anitta
Foto: Ricardo Stuckber
  Nas redes sociais uma enxurrada de críticas ao cantor Gilberto Gil, da Academia Brasileira de Letras, diante de patrocínio do Correios no valor de R$4 milhões (cota master) de sua turnê Tempo Rei.

  A informação da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder, de que mesmo operando no vermelho, os Correios bancou R$4 milhões na turnê do cantor Gilberto Gil, gerou diversas reações da parlamentares e da população em geral.

Indignados com o gasto exorbitante injetado pela estatal, que inclusive já admitiu prejuízos de R$ 2,2 bilhões somente este ano, com servidores no sufoco e denunciando a falta de repasse de valores ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), a notícia entrou nos assuntos mais comentados da rede social X, antigo Twitter.

Servidores dos Correios estão indignados com os R$ 4 milhões que a estatal desembolsou para virar “patrocinador master” da turnê do cantor Gilberto Gil.

Os shows começaram no fim de março, quando a empresa já havia admitido prejuízos de R$ 2,2 bilhões somente este ano e os trabalhadores já passavam sufoco e denunciavam a falta de repasse de valores ao FGTS.

Desta vez, a revolta com o patrocínio se soma a outra dor de cabeça dos trabalhadores: o descredenciamento do plano de saúde que, sem receber, suspendeu os atendimentos.

Sob ameaça de greve e com transportadores recebendo em atraso, os Correios figuram ao lado de patrocinadores como a luxuosa Rolex.

Apesar do farto dinheiro público, o pobre vai passar longe. Os ingressos chegam a custar R$ 1.530; mais do que um salário-mínimo (R$ 1.518).

No “Encontro de Novos Prefeitos e Prefeitas em Brasília”, esse ano, os Correios bancaram R$ 1,3 milhão. O ato teve Lula bajulando os novatos.

À coluna de Cláudio Humberto, os Correios defendem o patrocínio como reposicionamento de marca. E diz que está em tratativas para manter o plano de saúde ativo.