FARPAS: Sangra elefante branco ou “F*da-se, a quem importa o nome se de qualquer maneira vamos queima-lo tudo?!”
DP , Salvador |
22/07/2025 às 09:55
FARPAS acontece nesta terça-feira
Foto: DIV
No dia 22 de julho de 2025, às 15h30, o estacionamento da Escola de Teatro da UFBA, no bairro do Canela (SSA-BA), será o ponto de partida para a performance FARPAS: Sangra elefante branco ou “F*da-se, a quem importa o nome se de qualquer maneira vamos queima-lo tudo?!” — um grito coletivo contra o apagamento das artes cênicas e o abandono sistemático da cultura no Brasil, especialmente em Salvador.
Inspirada na contracultura baiana e na filosofia artística de Jayme Fygura, a ação performática traz à tona uma denúncia urgente: o esquecimento da dança e do teatro como direitos culturais e sociais. Entre as motivações centrais estão dois marcos de violência simbólica: a exclusão das linguagens cênicas da Prova Nacional Docente (PND) 2025, pelo MEC e INEP, e o abandono há mais de 13 anos do prédio inacabado da Escola de Teatro da UFBA, símbolo do sucateamento e negligência com o fazer artístico.
Na performance, um cortejo de performers — aqui chamados de “Fyguras” — ocupa o antigo quarteirão das artes, passando por espaços emblemáticos como a Reitoria da UFBA, a antiga Residência Estudantil Feminina, a Fundação Cultural do Estado da Bahia e a Escola de Belas Artes. Durante o trajeto, lambe-lambes em formato de jornais serão colados como forma de intervenção crítica e poética. A jornada culmina no esqueleto do “elefante branco” da ETUFBA, onde as Fyguras realizarão um ritual de denúncia usando fogo (com advertência), pedras e palavras.
FARPAS é mais do que uma performance: é uma insurgência artística. Um corpo coletivo que, ao estilo punk e anárquico, reivindica a arte como ferramenta de resistência, como espaço de presença e como direito. Ao evocar Jayme Fygura — artista marginal, radical e precursor de uma arte viva nas ruas —, a ação reafirma a potência da criação frente à negligência institucional.
Este é um chamado à comunidade artística e à sociedade civil: não é apenas a estrutura física que sangra, mas também a memória, os corpos e os saberes cênicos constantemente deixados à margem. Com arte, suor e presença, as Fyguras gritam: Sangra, elefante branco, sangra para te libertar das farpas de uma cultura agonizante!
FICHA TÉCNICA
Performers
LF Maverick
Magdiel Baruque
Clara Colorida
Caique Silva
Dora Goritzki
Fau Mascarenhas
Taise Paimn
Luiz Buranga
rixa
Marcelo Oliveira
Pétala Dandara
Direção
Brenda Urbina
Georgenes Isaac
Assistência Técnica
Bruno Alves
Intérprete de Libras
Nânara Santana
Estágio Docente & Assessoria Bufona
Marina Lua
Referências Poéticas e Artísticas
Jayme Fygura
Performance A-sombra-ação
Agradecimentos
Sucata Ponta Estoque · Marcinha Baobá · Correnteza Brava · Jão Nogueira · Coletivo das Liliths · agrupece · GIPE‑corpo · Leonardo Sebiane · Seu Ademir
SERVIÇO
O quê: Performance “FARPAS: Sangra elefante branco ou F*da-se...”
Quando: 22 de julho de 2025 (terça-feira), às 15h30
Onde: Início no estacionamento da Escola de Teatro da UFBA – Av. Araújo Pinho, 292, Canela, Salvador – BA
Ação itinerante com paradas e intervenções pelo quarteirão das artes
Aberta ao público | Participação da comunidade artística é encorajada