Cultura

FEIRA LITERÁRIA DE BONFIM HOMENAGEIA PAULO MACHADO, p LILIANA PEIXINho

Liliana Peixinho- Jornalista, memorialista, ativista humanitária, membro da equipe fundadora ACLASB.
Liliana Peixinho ,  Salvador | 06/08/2025 às 17:53
Paulo Batista Machado
Foto:

A Academia de Letras e Artes de Senhor do Bonfim- ACLASB, realizará, entre 20 e 23 de agosto, a primeira feira Literária- FLIAclasb. "Vozes literárias e Culturais no Território Piemonte Norte do Itapicuru.

As atividades serão na Praça Nova do Congresso e sede da ACLASB.

O homenageado do evento será o fundador da instituição, professor Paulo Machado (in memorian).

As inscrições para participantes expositores estão aberta no link

A presidente da Academia de Letras e Artes de Senhor do Bonfim, Leonor Bartilotti, fala sobre projetos memoriais em foco na ACLASB.

Liliana Peixinho -

Como se desenvolve o papel sociocultural da Academia nos territórios de identidade ?

Leonor Bartilotti-

Reconhecemos a importância de potencializar as manifestações culturais, preservação da memória como pilar estratégico na valorização da cultura local e fortalecimento da identidade territorial. Assim trabalhamos para implementar projetos de gestão documental, consolidação de acervo memorial organização, digitalização, difusão e acesso público às suas produções e registros históricos.

LP- Que propostas a ACLASB apresentará na Feira Literária como evento promotor da conexão entre agentes culturais e valorização da identidade territorial?

LB- Compreendemos que a construção de políticas públicas culturais eficazes e descentralizadas exige escuta ativa, articulação territorial e valorização dos saberes locais, através de diálogos com os territórios culturais e suas especificidades.

Destacamos a criação e realização da Feira Literária como espaço permanente de articulação entre escritores, artistas, educadores, leitores e gestores culturais, promovendo o intercâmbio de experiências e o fortalecimento da cena literária regional.

LP-
Que ações sociais a ACLASB promove no impulso cultural local?

LB- Temos projetos de circulação literária e artística, como o “Reboliço Poético” e “Vozes Negras em Movimento”. Oficinas, rodas de conversa, saraus e distribuição de livros a escolas públicas e comunidades. Desenvolvemos ações de articulação que conectam a produção cultural com formação cidadã. Promovemos a participação em redes e programas estaduais, como a Rede FPC da Fundação Pedro Calmon, onde contribuimos com o mapeamento de agentes culturais, bibliotecas comunitárias, arquivos e iniciativas de memória no território de identidade Piemonte Norte do Itapicuru.

LP- Como a ACLASB trabalha o desafio nacional de estímulo à leitura junto aos jovens?

LB- Com fomento à formação de agentes culturais, oficinas de escrita criativa, mediação de leitura e produção cultural, incentivo ao protagonismo juvenil e a continuidade das ações em suas comunidades.

LP-
No processo de mapeamento, identificação e contatos com a sociedade qual a estratégia da Aclasb ?

LB- Procuramos valorizar a memória e patrimônio cultural local, com ações de registro, publicação e difusão de obras que resgatam a história oral, as tradições quilombolas, a religiosidade e os saberes populares da região. Assim, reforçamos a articulação com instituições de ensino, coletivos culturais e poder público, para construção de agendas conjuntas.

LP- Como observa o papel da Academia nos desafios de apoio cultural?

LB- Com trabalho articulado, participação popular, como agente articulador de políticas culturais enraizadas no território, em compromisso com a democratização do acesso à cultura, a valorização das identidades locais para a construção de uma Bahia mais leitora, diversa e conectada.

LP-
Que propostas,
s instituição apresenta para a construção de políticas públicas mais eficazes, descentralizadas e conectadas com os territórios culturais?

LB-
Entre as ações destacamos a
Criação do Centro de Memória ACLASB;
projeto de digitalização do acervo;
elaboração de uma política de gestão documental; formação de comitê de memória e documentação; publicação de obras de resgate histórico com incentivo à produção de publicações que contem a trajetória da ACLASB; parcerias com arquivos públicos, universidades e bibliotecas em articulação com instituições para intercâmbio de experiências e ampliação da visibilidade do acervo ACLASB.

Liliana Peixinho- Jornalista, memorialista, ativista humanitária, membro da equipe fundadora ACLASB.