A decisão foi tomada após uma reunião comandada pelo presidente Luiz Gonzaga Belluzzo. Participaram não só aqueles que comandam o futebol no clube, mas principalmente personagens da política palmeirense, como os vice-presidentes e o conselheiro Seraphim del Grande, mebro do Conselho de Orientação Fiscal.
Após a derrota por 4 a 1 na noite de ontem para o São Caetano, o clima era de total instabilidade. O vice de futebol, Gilberto Cipullo, já debatia a possibilidade de demitir o treinador dentro do camarote da presidência, antes do fim da partida.
Curiosamente, à porta dos camarotes, conselheiros e membros do clube politicamente ativos pediam não a queda de Muricy Ramalho, mas a de Cipullo. Desde o fiasco no Campeonato Brasileiro do ano passado, técnico e vice passaram a se postar em lados opostos dentro do Palmeiras.
A reunião no início da tarde desta quinta-feira teve cunho mais político do que técnico. O que esteve em pauta foi a divisão de forças políticas e o que a queda de Cipullo significaria em perda de apoio para Belluzzo em ano de campanha eleitoral.
No Palmeiras, Muricy Ramalho apresentou números modestos em relação aos seus trabalhos anteriores. Ele comandou o time alviverde por 34 vezes, com 13 vitórias, 11 empates e 10 derrotas.
A situação palmeirense no Campeonato Paulista é preocupante. Com apenas 13 pontos, a equope ocupa somente a oitava colocação na classificação. Mesmo com a demissão do treinador, o Palmeiras terá que se focar agora no clássico contra o São Paulo, no Palestra Itália, no próximo domingo.
Toninho Cecílio
Minutos depois da demissão do técnico Muricy Ramalho, o gerente de futebol Toninho Cecílio anunciou seu desligamento do clube. O ex-jogador, no clube desde março de 2007, não concordou com a demissão do treinador e pediu demissão do cargo.