Com um gol de pênalti cobrado por Everton Ribeiro já nos minutos finais dos acréscimos, o Bahia venceu o tinhoso Ceará (1 x 0) na Fonte Nova. Com esse primeiro triunfo, na quinta rodada, o Tricolor foi a 6 pontos ganhos e saltou da zona de degola para a 13ª colocação. O torcedor, que vaiou no intervalo, fez festa no final. Triunfo merecido, afinal o Tricolor foi dominante, sobretudo no segundo tempo, quando os cearenses, acuados, só se defenderam, com bravura. E chiaram muito com o pênalti marcado após a chamada do VAR, já aos 53 minutos.  

Um triunfo importante para levantar o astral da equipe, e um castigo para o futebol  meio covarde, retranqueiro do Vôzão.

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 Na Fonte Nova

- Jogo fechando a 5ª rodada do Brasileirão. O Bahia em campo com apenas três pontos ganhos - três empates e uma derrota, ocupando a zona de degola, penúltimo lugar. O Ceará em crescente, uma equipe forte, bem treinada, de jogo objetivo, agudo.

Um clássico nordestino, rivalidades históricas.

- Noite quente de outono, segunda-feira pós-páscoa, dia 21 de abril – Tiradentes, fundação de Brasília, morte de Tancredo Neves, de Luís Eduardo Magalhães e... da morte do Papa Francisco, o argentino, primeiro pontífice latino-americano, exemplo de simplicidade. Ele gostava de bola, do futebol.

- Relvado de primeira, arquibancadas abrigando cerca de 30 mil pessoas, torcida na pressão, cobrando triunfo, cabreira depois da derrota (3 x 0) contra o Cruzeiro.  

- Uniformes: O Bahia de camisetas brancas, calções azuis; o Ceará, ‘Vôzão’, com camisas em listras frontais largas e verticais em p&b, calções brancos.    

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Com bola rolando ...

- Com um time encorpado e bem treinado, que marca forte e ataca em velocidade, o Ceará começou buscando o ataque, tentando surpreender, uma proposta ou estratégia que vem dando certo – fazer um gol logo no começo, pra recuar e jogar no contragolpe, o que sabem fazer bem. O Bahia tentando por a bola no chão, trocar passe, sem agonia. O primeiro chute a gol foi do Bahia, com Iago Borduchi adianta pela esquerda, nas costas da zaga cearense; o tiro saiu forte mas na rede, por fora, aos 6min.

- Aos 8’, chutão de longe de Nestor, por baixo, o goleiro Fernando Miguel catou em dois tempos. Aos 10’, Nestor cobrou falta da intermediária, rasante, ninguém chegou na pequena área pra concluir. O Ceará a alçar bolas na área baiana. Aos 11min, numa dessas, Pedro Raul, de boa estatura, testou, Aylon completou e Marcos Felipe fez ponte, boa pra fotos. Equilíbrio de ações, bom ritmo.

- Aos 18m, Cauly concluiu uma boa trama, da linha da grande área, chute fraco, nas mãos do goleiro F. Miguel. O Bahia com mais posse de bola, trocando passes, atuando mais no campo ofensivo, senhor das ações.  O Ceará fechadinho, todos postados atrás da linha da bola; quando retomam, disparam em velocidade, com perigo.  Aos 27’, numa bola divida espirrada, Pedro Raul arriscou de longe, por fora.  

 - Cauly desperdiçou boa chance aos 45, livre na área, batendo pra fora,  de frente após cruzamento rasteiro da esquerda. O Ceará respondeu aos 48’, com Guilherme fechando da esquerda e pegando forte, fora do alvo, assustando o goleiro M Felipe.

 

 Uma primeira etapa muito parelha. Dois estilos de jogo. O Bahia evoluindo nos toques, o Ceará explorando a velocidade, em passes esticados. Um jogo pegado, bem disputado, leal, com muita marcação de lado a lado. O Tricolor teve mais posse de bola, mais volume, tomando as iniciativas. Um Vôzão reativo e muito perigoso, objetivo, explorando a correria, quando rouba a bola, a explosão e altura do avante Pedro Raul. Parte da torcida vaiou na descida pros vestiários. Torcedor quer ver gol.      

 

Segundo tempo – Ceni trocou Lucho, muito marcado, por Pulga (ex-Ceará), no intervalo. Um recomeço com o Bahia tendo a bola, tyrançando mas sem penetrar, finalizar. O Vôzão na moita.  

 Por volta dos 13’, três substituições de Ceni: Tiago, Éverton Ribeiro e Juba em campo, saíram Borduchi, Nestor e Cauly. Aos 17’, lançamento longo pra Pulga, que entrou limpo pela esquerda e bateu cruzado, por baixo, fora. Muito suor, briga pela bola e poucos finalizações, de lado a lado. O tempo passando, o torcedor inquieto.

- Depois dos 25’, Leo Condé pôs Romulo e Mateus Araújo, saíram Mugni e Galeano. Aos 29’, boa tabela de Pulga e Juba, o lateral chutou com a cega, a direita, pra fora. Aos 31’, Ademir bateu falta da direita, bola alçada, pererecando na área cearense, a zaga chegou antes, aliviou. O Vôzão na retranca, todo atrás, apostando numa bola, num erro do adversário; time manhoso, gastando tempo, aos chutões.   

- Aos 37’, Ceni pôs o garoto Ruan Pablo, 17 anos, saiu Ademir, que pouco fez. Aos 41’, cruzamento largo da direita de Everton Ribeiro, do lado oposto Ruan Pablo chegou finalizando, Fernando Miguel fez uma grande defesa, a bola quase na linha fatal.

- Léo Condé mexeu: Lucas Lima e Pedro em campo, aos 45’, saíram Sobral e Guilherme.

 Só dava Bahia, assediando. Mas, aos 46’, num raro contragolpe, Pedro Raul achou Pedro Henrique, que parou em Marcos Felipe, escanteio. O árbitro acrescentou 9 min utos ao tempo normal.

- Aos 48’, Tiago recebeu nas costas da zaga, encarou e chutou em cima de F. Miguel – estava impedido. Os cearenses fazendo cera, gostando do empate. Cruzamentos de Juba, pelo alto, Fernando Miguel ganhando todas. Aos 51’, nova bola alçada na área cearense, os grandalhões da defesa ganhando as divididas.

- Olha o VAR! Aos 53’, Tiago caiu na área, perseguido, o árbitro nada marcou – os tricolores pedindo pênalti, o avante teria sido calçada por trás. O VAR chamou, o árbitro foi ver no vídeo e marcou o pênalti.

- Gol! 1 x 0 – Bahia!  Everton Ribeiro bateu, deslocou o goleiro.  

Aquele desespero dos ceartenses, o Tricolor resistiu, conseguiu seu primeiro triunfo, o torcedor satisfeito.    

Destaques

 Acevedo, um monstro, o melhor em campo. O primeiro tempo de Nestor, a segurança de Mingo e David Duarte. Os garotos Tiago e Ruan Pablo entraram bem.

 O Ceará deu muito trabalho, mas jogou todo tempo atrás, pelo empate, foi punido no final.     

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Ficha técnica

- O Bahia escalado por Rogério Ceni: Marcos Felipe; Gilberto, David Duarte, Ramos Mingo e Borduchi. Acevedo, Érick, Nestor e Cauly; Ademir e Luciano Rodríguez.

- O Ceará do treinador Leo Condé: Fernando Miguel; Fabiano, Marlon, William e Rafael; Fernando Sobral, Dieguinho, Mugni e Galeano; Pedro Raul e Aylon (Guilherme) .- No apito, Raphael Klein/RS.  

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- O próximo jogo do Tricolor é já na quinta-feira à noite, na Fonte Nova, contra o Athlético Nacional de Medellin, da Colômbia, valendo pela Copa Conmebol / Libertadores da América. Um adversário forte, grupo embolado – Inter, Bahia e o Athlético Nacional disputam duas vagas.  

- Na sequência, o Bahia encara o líder Palmeiras, em São Paulo, pelo Campeonato Brasileiro. Sem refresco, pois.

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