Bahia jogou com criatividade na Fonte Nova e venceu
ZedeJesusBarreto , Salvador |
24/04/2025 às 23:19
William José fez o gol do bahia
Foto: Letícia Martins
O Tricolor continua invicto em jogos de Libertadores na Fonte Nova. Jogando um futebol de primeira, maduro, venceu a boa equipe do Atlético Nacional de Medellin (1 x 0) com superioridade. O time de Ceni teve mais volume de jogo, mais posse de bola, atuou a maior parte do tempo no campo adversário e criou as melhores chances de marcar. No mais, após abrir o marcador, soube segurar o ímpeto natural do adversário, mostrando maturidade; manteve a pegada até o final. O gol saiu na segunda etapa, numa boa finalização de William José.
Um ótimo resultado que põe o Bahia isolado na liderança do Grupo, com 7 pontos ganhos. Uma boa campanha até aqui.
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Na Fonte Nova
- Noite de quinta-feira, outono, tempo instável, relvado molhado, bola ligeira, arquibancadas com mais de 40 mil tricolores, casa cheia, jogo valendo a liderança do Grupo F.
- O Tricolor defendendo uma invencibilidade – nunca perdeu uma só partida pela Libertadores na Fonte Nova (9 jogos, sete triunfos); o Nacional de Medellin costumeiro nas copas, segundo colocado no campeonato colombiano, time manhoso, robusto, com jogadores de seleção, que já jogaram copa do mundo.
- Uniformes: O Bahia com sua beca branca, calções azuis; o Nacional de verde cana total.
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Com bola rolando ...
- O Tricolor começou pressionando, atuando inteiro no campo adversário, trocando passes, pondo ritmo, buscando o gol. Os colombianos bem plantados, travando, sem pressa, estratégia e boa técnica. O Bahia melhor, com mais volume de jogo, posse de bola, assediando, mas aos 20 minutos nenhuma finalização.
- Aos 30’, boa trama, tentativa de Lucho, apareceu o experiente Ospina, isolando a bola. Aos 37’, um chute de longe, Marcos Felipe catou bem colocado. Com o tempo passando o Nacional foi se soltando, buscando também o ataque, equilibrando as ações. Novamente o assédio tricolor depois dos 40’, bolas alçadas, escanteios seguidos, a zaga taluda colombiana safando. Aos 46’, ótimo cruzamento de Jean Lucas, da esquerda, Cauly fechava na quina da pequena área, lado oposto, mas pegou mal na bola, errou a finalização.
Um primeiro tempo bem jogado, limpo, bola no chão, muito tático. O Nacional bem postado, com a preocupação de não levar gols, obstruindo e suportando bem, mostrando qualidades quando recuperava a bola. O Tricolor foi melhor, teve mais volume de jogo, tomou as iniciativas, mas as chances reais de gol foram raras, lá e cá. Uma segunda etapa aberta, pois. Caio Alexandre, Jean Lucas, David Duarte, Mingo... os que mais apareceram.
Segundo ato – A chuva caiu forte no intervalo, gramado mais pesado. Aos 4’, Lucho bateu falta frontal, forte, Ospina rebateu de murros. Logo depois, uma tentativa de Cauly, fraca e fora do alvo. O Tricolor voltou aceso, em cima, forçando. Alguns escanteios seguidos, falta precisão nas finalizações, chutes e cabeçadas. Aos 8’, Lucho foi empurrado pelas costas, dentro da área inimiga, o árbitro fez que não viu, nada marcou.
- Aos 11’, o Bahia entrou tramando, Cauly achou Jean Lucas de frente, na hora do chute foi calçado por trás, caiu pedindo pênalti, o árbitro nem tchum pra ele. Aos 13’, Everton cruzou da direita, Pulga fechando pela esquerda tentou escorar, Ospina catou, saindo bem. O panorama é outro, as duas equipes mais abertas, em busca do gol. Jogo franco. O Bahia chegava mais. Os colombianos amansando.
Antes dos 20’, substituições. Cardona no Nacional, o camisa 10, bom de bolas paradas; Ceni pôs Ademir e William José em campo, saíram Cauly e Lucho.
- Gol! 1 x 0 Bahia, aos 26min, William José. Recebeu passe precioso de Everton Ribeiro, na área, girou e bateu seco, no canto.
- Substituições: no Bahia, entraram Nestor e Erick, saíram Éverton e Caio, cansados. O Nacional renovou no ataque, foi pra cima, entraram Parras, Arce e Cáceres. Hora de o Tricolor mostrar maturidade, sabedoria para administrar a vantagem, gastando o tempo, fechando-se. Os colombianos, agora, na correria. Depois dos 30’, a chuva cessou.
- Aos 40’, boa trama tricolor pela esquerda, cruzamento de Juba, a finalização não saiu. Aos 42’, uma finalização de cabeça do Nacional, o árbitro viu falta do atacante em Mingo, não deu o gol. Ceni pôs o uruguaio Acevedo em campo no lugar de Jean Lucas, que correu muito. Pressão dos colombianos, inteiro no ataque, alçando bolas. O árbitro acrescentou 4 minutos. Aos 47’, ótima puxada de contragolpe de Ademir, cruzou do fundo, da direita, Pulga mergulhou livre, de frente, testou por cima.
Ótimo resultado.
Destaques – Caio Alexandr e Jean Lucas no meio de campo; a regularidade de Juba; David Duarte soberano pelo alto, a disposição de Mingo. Everton enquanto teve pernas e William, pelo gol.
O Nacional é uma equipe qualificada, bem treinada, tinhosa, tem um ótimo goleiro, uma defesa segura.
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Ficha técnica
- O Bahia escalado por Rogério Ceni: Marcos Felipe; Gilberto, David Duarte, Ramos Mingo e Luciano Juba; Caio Alexandre, Jean Lucas, Cauly e Everton Ribeiro; Erick Pulga e Lucho Rodríguez.
- O Atlético Nacional de Medellin/COL, do treinador Javier Gandolfi: Ospina, Andrés Román, Arias, Tesillo e Camilo Cándido; Campuzano, Uribe; Sarmiento, Asprilla e Morelos. (Cardona,
- No apito, Mario Diaz de Vivar, do Paraguai. Arbitragem de Libertadores, não marca qualquer pênalti, não complica, deixar o jogo correr. Seguro.
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O Bahia volta a jogar no domingo à noite, pelo Brasileirão; encara o líder Palmeiras, em São Paulo.