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COPA LIBERTADORES: BAHIA PERDE PARA ATLÉTICO NACIONAL 1X0 EM MEDELLIN

O Tricolor evoluindo mais com troca de passe curtos e o Atlético Nacional com bolas longas, contragolpes e correria.
ZedeJesusBarreto ,  Salvador | 14/05/2025 às 21:19
Atlético Nacional 1x0 Bahia
Foto: Manuel Salgariaba


  Os classificados do Grupo F, o ‘grupo da morte’ da Libertadores, só serão conhecidos na última rodada. O Bahia, em Medellin, mesmo jogando de igual pra igual com os donos da casa, o forte time do Atlético Nacional, levou 1 x 0 – o mesmo placar que aplicou neles na Fonte Nova, com um gol chorado e de validade discutível, logo no comecinho do segundo tempo. 

Assim, perdeu a chance de voltar classificado por antecipação e vai decidir sua sorte contra o Internacional, em Porto Alegre. Perdeu também a liderança. E a rodada continua amanhã, quinta-feira, com o jogo nacional do Uruguai x Internacional. Todos ainda em condições de se classificar.

 Foi um jogo parelho, de duas escolas diferentes. O Tricolor evoluindo mais com troca de passe curtos e o Atlético Nacional com bolas longas, contragolpes e correria. O time da casa tomou mais as iniciativas mas o Bahia teve chances de empatar. Vida que segue... Ficou mais difícil, mais distante, mas ainda é possível a classificação.

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 Estádio Atanásio Girardot/Medellin

- Tempo limpo, bom relvado, casa cheia, em disputa a liderança do Grupo F, o ‘grupo de morte’, e a classificação para as oitavas de final, o mata-mata da competição. Penúltima rodada. O time colombiano invicto em casa este ano. O Tricolor baiano querendo fazer história.

- Trajes: O Bahia com sua camiseta em listras verticais em vermelho e azul, detalhes brancos; os donos da casa de verde e branco.  

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Com bola rolando ...  

- Logo aos 2 minutos, Viveros foi lançado em velocidade nas costas da zaga e finalizou, o bandeira assinalou impedimento, o VAR checou, o gol foi anulado; mas ficou o recado da jogada perigosa em contragolpe com o veloz e esperto Viveros. Pressão total dos colombianos, buscando o gol desde o começo, enfiando bolas longas e disparando em velocidade. Aos 10min, a primeira estocada do Bahia, com Pulga pela esquerda.

 - Aos poucos, depois do impacto, do sufoco inicial, o Tricolor foi equilibrando, com seu toque de bola, chegando.  Aos 23’, Juba atrasou um cruzamento da esquerda, de peito, para Marcos Felipe e quase fez contra. O Bahia tentando na troca de passes, o Nacional aos chutões, correria e bola alçadas, marcando duro (usando as faltas para matar o contragolpe) e tentando sufocar. O Tricolor com poucas opções ofensivas.

-  Aos 33’, primeira boa defesa de Castilla, num cruzamento da direita de Everton, antecipando-se a Lucho, evitando a conclusão. Aos 43’, Cardona bateu uma falta da esquina da grande área, lado esquerdo defensivo do Bahia, uma bomba, por cima. Aos 45’, num bom contragolpe tricolor, Cauly entrava de frente, foi puxado e derrubado e o árbitro nada marcou para desespero do banco, Ceni e auxiliares bradando Era uma situação de gol e merecia até um cartão para o defensor.

 

 Um primeiro tempo com certa predominância do time da casa, mas o Bahia suportou bem e chegou com perigo duas ou três vezes. É fundamental manter a pegada, a marcação na segunda etapa, não permitir contragolpes e arriscar na frente. Aberto e imprevisível.

 

 Segunda etapa – Logo no recomeço... a mesma jogada, no chutão, Arias disparou nas costas da zaga, Marcos Felipe saiu e deu um tapa na bola, pra frente, Viveros aproveitou a sobra e empurrou, o goleiro empurrado, caído. O VAR foi acionado – impedimento, mão na bola, falta no goleiro? – o árbitro foi checar no vídeo. E deu o gol!  1 x 0 Nacional.  Mais de 5 minutos de paralização.

- Com o gol levado, o Bahia tinha de sair pro jogo, tentar o empate, avançar suas linhas, propiciando assim o contragolpe na correria dos colombianos. Era preciso correr riscos. Modifica-se todo o panorama da partida. O Tricolor foi pra cima. Ficou franco, aberto, lá e cá.   

- Com o passar do tempo, no ritmo caiu. Os colombianos mais fechadinhos, administrando a vantagem, sem pressa, aos chutões, apostando num erro do adversário pra matar o jogo. O Bahia trocando passes, atacava mas não conseguia finalizar.

Ceni mexeu - Saíram Éverton e Lucho, entraram Nestor e William José, aos 23 minutos. E começou a chover, de vera. O jogo ficou morno. O Nacional na manha, na moita. Aos 32’, Kayky e Acevedo em campo.  Aos 35’, Pulga fez ótima jogada pela esquerda, cruzou e W José não chegou a tempo na pequena área para concluir; seria o empate. O Tricolor em cima, o tempo passando, os colombianos já ensebando, no cai-cai.

- Aos 44’, em arremates de Juba e Kayky, apareceu o goleiro Castillo, com duas defesas difíceis, evitando o empate. Aquele assédio final do Tricolor, os colombianos venceram e assumiram a liderança.  

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Destaques

- Jean lucas, Erick, D Duarte, Mingo...

- O sistema defensivo dos colombianos, a garra, Cardona no meio campo e o veloz Viveros, um perigo.

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Ficha Técnica

- O Atlético Nacional de Medellin/COL, do treinador Javier Gandalfi: Castillo, Roman, Árias, Testillo e Cândido; Uribe, Campuzano, Cardona; Hinestroza, Arce e Viveros (Aspilla, Moreno, Sarmiento, Rivero)

- O Bahia escalado por Rogério Ceni: Marcos Felipe, Erick, David Duarte, Ramos Mingo e Juba; Caio Alexandre (Acevedo), Jean Lucas (Michel Araújo), Everton Ribeiro (Nestor) e Cauly (Kayky); Pulga e Lucho Rodriguez (William José).

- Árbitro argentino, Dario Herrera no apito (muito caseiro, na dúvida sempre em favor do time da casa).

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 O Tricolor volta jogar no domingo, na Fonte Nova, o clássico Ba x Vi, pelo Brasileirão.