Bahia e Vitória jogam no sábado, abrindo a segunda etapa do Brasileirão, a 20ª rodada. O Rubro-negro em casa, no Barradão, às 18h30, contra o vice-lanterna Juventude de Caxias do Sul, hoje treinado pelo ex-técnico do Leão, Tiago Carpini, que conhece bem a Toca do Leão e suas arapucas.  

O Bahia joga mais tarde, às 21h, em São Paulo, enfrenta o Corínthians; o tricolor está em quarto lugar na tabela de classificação e tem dois jogos a menos (a cumprir) - pela 14ª rodada – contra o Vasco, e pela 16ª rodada, contra o Internacional. Ainda sem datas definidas.  

*

Para encarar o Vitória, o Juventude chega com desfalques (uns quatro titulares fora, inclusive o artilheiro Gilberto, por conta de lesões e suspensões). O torcedor do Leão baiano exige um triunfo em casa e deve lotar o Barradão, empurrando. O novo treinador rubro-negro, Carille, teve duas semanas de trabalho pra conhecer melhor o plantel, com muitas caras novas, e buscar uma equipe que dê liga, seja competitiva e ganhe jogos, sobretudo dentro de casa. Ele conta com alguns desfalques, por lesões, como os meio-campistas Mateuzinho e Baralhas, titulares. O presidente do clube disse que ainda vai contratar um zagueiro e um atacante de lado. Um time novo, então, para a segunda etapa do certame. Isso exige talento e discernimento do treinador.  

 *

 Os rivais baianos vivem momentos diferentes. Até pelo posicionamento de cada um na tabela de classificação. O Tricolor entre os 4 de cima, o Rubro-negro a dois pontos da zona da agonia, os 4 últimos.

*

 O Bahia, apesar da boa campanha no Brasileirão, de estar entre os oito que disputarão as quartas de final da Copa do Brasil e brigando pelo título da Copa do Nordeste, a despeito dessa ‘boa fase’, há muito não vivida, vive uma “crise de choradeira” por parte da fanática torcida, que quer e cobra mais.

 *

 Cadê goleiro, Santoro?

 A chiadeira de agora é por conta da sequência de desclassificações (na Libertadores e Sul-americana) e também de pontos perdidos no Brasileirão, empates e derrotas decorrentes de falhas recorrentes de seus goleiros.

 

Faz tempo que o torcedor atento brada pela contratação de um grande arqueiro, à altura da grandeza do clube e do elenco, pedido que vem de longe... desde 2023. Marcos Felipe, meio aloprado, Adriel (que já se foi), Danilo Fernandes (superado), e  Ronaldo ( até agora infeliz) têm falhado muito e em momentos cruciais.

  Um levantamento realizado pelo site Bahia Notícias aponta que dos 42 gols sofridos pelo tricolor na temporada, mais de 10 aconteceram por falhas diretas dos goleiros. Nos meus levantamentos, mais que isso: mais de 25% dos gols sofridos. É um frango, uma indecisão, a saída em falso, o medo do choque, o rebote bobo, um erro na reposição e... ‘lá foi a vaquinha pro brejo’.

  As cobranças ecoam pelas redes, microfones, e o ‘cabra’ do Grupo City - um tal de Santoro (o responsável pelos negócios -, a fugir pela tangente, dizendo que está correndo atrás mas não pode sair dos limites  do orçamento, blábláblá...  e a janela de contratações de meio do ano está fechando.

Goleiro é urgência. Sem um grande goleiro pra garantir e dar tranquilidade atrás nenhuma equipe ganha títulos. “Um grande time começa por um bom goleiro’, é o básico. O treinador Ceni, um dos maiores goleiros da história, sabe bem.

*

 Nordestão e  Copa do Brasil

  O Bahia precisa tomar tenência porque o calendário daqui até dezembro é pesado,  só tem pedreiras pela frente. Além da obrigação de fazer boa campanha no Brasileirão, tem a semifinal da Copa do Nordeste, jogo único na Fonte Nova contra o encardido Ceará, que vem crescendo muito e significa,  historicamente, parada dura. E mais as quartas de final da Copa do Brasil.

  Sorteios feitos, o Bahia caiu do lado B, o dos clubes cariocas. De cara, decide vaga com o bom Fluminense de Renato Gaúcho, primeiro jogo na Fonte Nova, dia 27 de agosto; o jogo decisivo é no Rio, Maracanã, dia 11 de setembro. Se passar, pega o vencedor do duelo carioca - Botafogo x Vasco.

 No lado A da disputa das quartas de final, definidos os confrontos: Cruzeiro x Atlético Mineiro, derby de Belo Horizonte, sem prognósticos; e Corínthians x Athlético PR.

*

 Coringão na fita

 Ao Bahia, pois, só resta encarar. Como diz o Mestre Evaristo: ‘Quem tem medo de perder não ganha’. A parada do próximo sábado é dura, contra o Timão paulista, a torcida dos ‘loucos’ inflamando. O time paulista, treinado por Dorival Jr (aquele mesmo que treinou a seleção, faz pouco), tem desfalques por lesões, o principal deles o europeu Memphis Depay, um jogador diferenciado. O Bahia não terá seu capitão, cérebro, o meio-campista Éverton Ribeiro, suspenso.  Pau a pau.    

 **

 Vitória pra virar página   

   No Rubro-negro baiano o objetivo é virar a página, fazer uma segunda etapa de Brasileirão totalmente diferente da primeira. Com um elenco novo, contratações internacionais, treinador recém chegado e motivado, o Leão precisa voltar a se impor dentro do Barradão, ganhar mais do que empatar e perder. Começar a pontuar para primeiro escapar da zona da confusão. Depois, brigar por uma classificação de sul-americana. É o que o torcedor espera.

*

 Só pra ilustrar, nas 19 partidas da primeira etapa da competição, o Vitória venceu apenas três, com nove empates, sete derrotas. Desses 19 jogos, 12 foram com Thiago Carpini (venceu 2, perdeu 5, empatou 5); rendimento muito baixo. Carille assumiu na 13ª rodada, tem um triunfo, duas derrotas e quatro empates; ainda não engrenou, pois. O Rubro-negro tem somente 2 pontos a mais que o Vasco, primeiro time dentro da zona de rebaixamento - e o time carioca tem dois jogos a menos.

Daí a importância de um bom resultado, convincente, nesse começo do chamado segundo turno da competição. Sábado, reação, Já!

 

**

Seleção ‘Bola de Prata’ da primeira etapa: 

 

  - Valter (Mirassol), Giay (Palmeiras), Fabricio Bruno (Cruzeiro); Leo Ortiz (Flamengo) e Juba (Bahia); Marlon Freitas (Botafogo), Allan Patrick (Inter), Arrascaeta (Flamengo) e Matheus Pereira (Cruzeiro); Kaio Jorge (Cruzeiro, artilheiro da competição) e Pulga (Bahia).

**