Rui não mandou comer brioches e sim trocar a laranja por outra fruta e esqueceu dos ensinamentos de Sindônio
Tasso Franco , Salvador |
25/01/2025 às 19:17
Rui Costa
Foto: Ed Alves
O ex-deputado Deltan DallagnoL postou no twitter: "Se não tem pão, comam brioches": A primeira frase é atribuída a Maria Antonieta (1755–1793), última rainha da França antes da Revolução Francesa. Historiadores contestam a veracidade e dizem que ela foi injustiçada. Porém, ficou no imaginário popular e representa o governante desdenhando do povo
"Se a laranja tá cara, consuma outra fruta": esta segunda é do Ministro da Casa Civil do Brasil Rui Costa (1963- ), de um governo que prometeu picanha, mas não consegue entregar nem laranja com a escalada dos preços das compras de supermercado. Logo eles vão dar outros conselhos: "se a gasolina tá cara, vá a pé", "se a luz tá cara, use vela", "se a carne tá cara, compre ovo".
A frase dita por Rui rende dezenas de memes de internautas, dentre eles, Nikolas Ferreira "que tal trlocar Lula por chuchu" e Flávio Bolsonaro "picanha tá cara, troca por ovo"; "cerveja tá cara, bebe água da pia". o MSP Brasil colocou que se a "laranja tá cara tome tang que já vem docinho".
O QUE DISSE RUI COSTA
“O preço internacional está tão caro quanto aqui. O que se pode fazer? Mudar a fruta que a gente vai consumir. Em vez da laranja, outra fruta. Não adianta baixar a alíquota, porque não tem produto lá fora para colocar aqui dentro”, disse o ministro.
A declaração ocorreu após uma reunião ministerial com o presidente Lula para amenizar a crise causada depois do governo cogitar trocar validade de alimentos para diminuir o preço. A proposta foi tão criticada que o governo voltou atrás e descartou a mudança de validade.
De acordo com o chefe da Casa Civil, o governo tem estudado algumas medidas como a possibilidade de reduzir as alíquotas de importação sobre alimentos que estejam mais caros no mercado interno do que no exterior.
Rui Costa enfatizou que será realizada uma análise dos valores de mercado dos produtos no cenário doméstico e internacional e, se necessário, o governo reduzirá as alíquotas de importação para que os alimentos sejam vendidos no mercado doméstico com um preço igual ou abaixo do externo.
Outra aposta do governo que pode ajudar a reduzir os preços é a “supersafra” de produtos agrícolas após um ano de clima prejudicial (2024).
O ministro negou qualquer medidas como congelamento de preços, criação de um “supermercado estatal” ou alterar regras sobre data de validade dos alimentos.