Salvador

ÁREA VERDE DO CIRCUITO BARRA-ONDINA QUE PMS COLOCOU À VENDA; ABSURDO

Lider da Oposição na CMS vai promover uma audicência pública
Tasso Franco , Salvador | 28/02/2025 às 19:08
Atrás do tapume tem uma pracinha com monumento a JC crucificado
Foto: BJÁ
   A defesa de duas áreas verdes da encosta do Morro Ipiranga, na Barra, colocada para leilão pela Prefeitura de Salvador, mobilizou moradores de vários condomínios do bairro que promoveram reunião com a promotora Hortênsia Pinho, do Meio Ambiente, e a vereadora Aladilce Souza (PCdoB), líder da bancada da oposição. Uma das áreas é esta que se vê na foto onde há uma pracinha no momento tapumada para o Carnaval com um monumento pedestal a Jesus Cristo cricificado.

Indignados com o argumento do prefeito Bruno Reis para justificar a venda, o de que "o terreno não presta para nada e não rende um real de imposto para a prefeitura", os moradores decidiram ampliar a mobilização contra a venda das áreas verdes, remanescentes da Mata Atlântica, inclusive com ações no carnaval. A promotora anunciou que já possui laudo técnico do MP sobre os terrenos, identificados como Áreas de Proteção Cultural e Paisagística, além da sua importância ambiental. Segundo ela, a prefeitura precisa dar conhecimento público ao processo administrativo da venda de um dos terrenos no leilão.
Ficou acertado, também, que o MP promoverá uma audiência pública sobre o tema, após o carnaval, e buscará uma composição com a Prefeitura visando a desistência da venda pela importância da área para a cidade. A vereadora Aladilce Souza, líder da oposição, criticou a atitude do prefeito em “medir a importância de uma área verde pelo que ela rende de impostos, ignorando o valor ambiental, paisagístico e cultural”. Ela informou que já protocolou ofício junto à Sefaz, requerendo o processo administrativo da venda do terreno. 

“É importante a opinião pública se manifestar contra esse absurdo. Essa encosta do Morro Ipiranga é a última reserva de Mata Atlântica da Barra e o prefeito não pode dizer que não vale nada. É um dos cartões postais da nossa cidade, ninguém em sã consciência vai querer trocar essa área verde por um paredão”, declarou Aladilce. Segundo ela, a campanha contra a venda das áreas verdes desafetadas será conduzida em três frentes: jurídica, política e social.