Saúde

LIPOASPIRAÇÃO MATA MAIS UMA JOVEM E MÉDICO DIZ QUE NÃO COMETEU ERROS

A garota tinha apenas 23 anos de idade
| 14/09/2007 às 20:15
Maria Christiane, 23 anos, ex-dançarina, natural de Fortaleza (Foto:G1)
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   Uma ex-dançarina de 23 anos morreu após uma lipoaspiração na tarde da última quarta-feira (12), em Fortaleza. Maria Christiane Oliveira da Silveira morava na Suíça com o marido e estava há 15 dias no Brasil para visitar a família, quando aproveitou para fazer a lipoaspiração.

   Segundo o primo de Maria Christiane, Rafael Uchoa, a jovem foi enterrada  em Fortaleza. "Estamos muito abalados ainda. Acreditamos que tenha sido erro médico, mas o laudo oficial do IML só vai ficar pronto daqui a 30 dias", diz. "Ainda não sabemos se vamos processar o médico. Queremos saber a causa da morte primeiro."

   A família de Maria Christiane não queria que a jovem operasse. "Falamos para ela não fazer, mas era muito vaidosa. Estava magra, mas achava que precisava da cirurgia. Ela já tinha colocado silicone há pouco tempo", diz.

   A cirurgia foi realizada no hospital Cura d'Ars. A administração do hospital afirmou ao  que não vai se pronunciar sobre o caso. 

   NÃO COMETEU ERROS


   Segundo o cirurgião plástico que operou a dançarina, os problemas começaram após o término da lipoaspiração. Ele explicou que a jovem apresentou dificuldade de oxigenação e diminuição dos batimentos cardíacos. A equipe tomou todas as medidas possíveis, mas Maria Christiane não respondeu a nenhum estímulo, de acordo com o médico.

  "Estou muito chocado. Foi um acidente lamentável, mas estou convencido de que não cometemos erros nem tivemos problemas com os equipamentos. O hospital era muito bem equipado", afirma o médico. O cirurgião acredita que a jovem tenha morrido por embolia pulmonar, o que não seria responsabilidade da equipe médica.

  O cirurgião plástico afirma que são raros problemas durante uma lipoaspiração. "É uma das operações mais realizadas no mundo e também no Brasil. Pelo volume de cirurgias, é raro ter problemas, mas a lipoaspiração continua sendo um grande desafio para os médicos", diz.

  O médico prefere não ter seu nome divulgado por temer um julgamento injusto das pessoas. "Tenho 23 anos de profissão e sou muito respeitado em todo o Brasil, mas, quando acontece um episódio extremamente desagradável, como a morte de alguém, as pessoas culpam o profissional", diz.