De acordo com o infectologista responsável pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do HSL (CCIH), Henrique Marconi Pinhati, nos últimos dias o quadro de Graco evoluiu com condições de sangue incoagulável, seguida de falência circulatória, o que o levou a morte.
Segundo a Secretaria de Saúde, o paciente não havia tomado a vacina e passou o final de ano na cidade de Pirenópolis, em Goiás. Ele deu entrada no Hospital Santa Luzia na sexta-feira, às 21h, com febre alta, dores no corpo e queda do estado geral.
Graco passou a ter complicações hepáticas e renais, confirmadas por exames laboratoriais. O resultado dos exames comprovando se ele contraiu febre amarela deve sair em seis dias, segundo a Secretaria de Saúde do DF.
DOIS MORTOS
Outro homem, de 34 anos, com suspeita de febre morreu no sábado no Hospital Regional da Asa Norte. Ele foi internado na sexta-feira com hipótese diagnóstica de dengue, leptospirose, hantavirose ou febre amarela. A Secretaria de Saúde informou que a necropsia foi realizada na segunda-feira e os exames macroscópicos não evidenciaram a possibilidade de febre amarela, porém, a causa da morte só será conhecida com o resultado dos exames histopatológicos. Nenhuma hipótese foi descartada.
Uma terceira paciente, uma mulher, de 29 anos, vinda de um assentamento rural na cidade de Planaltina de Goiás foi internada no Hospital Regional de Sobradinho sábado à noite, com mal estar geral, dor abdominal, febre e vômitos. A Secretaria afirma que, como os exames laboratoriais de função hepática renal mostraram-se normais, a paciente não deve ser vítima da doença.
Após a morte que ocorreu nesta terça, o secretário de saúde do Distrito Federal, José Geraldo Maciel, intensificou o esquema de vacinação contra febre amarela. Segundo o secretário, os postos de saúde do DF passarão a funcionar também no horário de almoço e fins de semana para atender à demanda.
"A estratégia é a de conscientização da população para que se vacine. Os que não são vacinados há mais de dez anos devem se vacinar", declarou o secretário.
Já o subsecretário de Atenção à Saúde, Milton Menezes, afirmou que não há motivo para alarde sobre uma possível epidemia no DF. "Não temos a quantidade de pessoas infectadas, nem índice de infestação que propiciaria preocupação em termos de transmissão. E ainda temos um altíssimo percentual de cobertura vacinal", declarou.