Saúde

FEBRE AMARELA: TÉCNICOS DA SESAB PEDEM PRUDÊNCIA À FAMÍLIA DO MORTO

Sesab diz que a situação na Bahia está sob controle
| 15/01/2008 às 11:01
  Prepostos da Secretaria de Saúde do Estado estão pressionando familiares do motorista Cláudio Luís Lima, 35 anos, morto no último final de semana em Feira de Santana com quadro de febre amarela. Solicitaram prudência nas declarações à imprensa dando conta de que a Sesab está tomando todas as providências que o caso requer, inclusive reforço de vacina para o município.

  O Laboratório Central do Estado (LACEM) e o Instituto Evandro Chagas, em Belém, fazem os testes sobre o caso do motorista que visam identificar a infecção pelo vírus da febre amarela. Os exames também irão investigar a possibilidade de dengue, leptospirose e hepatite. Os resultados devem sair no final desta semana.


  Se for confirmada febre amarela silvestre, esse será a primeira morte na Bahia desde 2000, quando foram registrados dez casos da doença, com três mortes.

Os sintomas começaram na quinta-feira, quando Lima apresentou indisposição, febre alta e icterícias. Ele chegou a ser internado na UTI do hospital Emec, em Feira de Santana, mas morreu em decorrência de falência múltipla dos órgãos.


  VACINA


  O motorista havia sido vacinado contra febre amarela em 2001, mas a doença não está descartada em função dos sintomas apresentados.

  Segundo a coordenadora estadual da Imunização da Secretaria Estadual da Saúde da Bahia, Fátima Guirra, a vacina protege em 95% dos casos. "Nenhuma vacina tem 100% de eficácia. A vacina da febre amarela é uma das melhores em termos de resposta", explica ela. Exemplo é a tríplice viral, que previne do sarampo, rubéola e caxumba e que tem também 95% de eficácia.


  Segundo Fátima, a explicação para que em alguns casos a vacina não funcione ainda não é totalmente clara para os pesquisadores. Ela acrescenta que a vacina é composta de antígenos que fazem com o que o sistema imunológico crie anticorpos para a doença. Mas nem todas as pessoas respondem dessa forma à vacinação.
 
  "Não há motivo para pavor. Em relação à febre amarela, a necessidade é de que apenas as pessoas que estão viajando para áreas de risco sejam vacinadas", reforçou.

A Bahia tem cerca de 80 mil doses da vacina contra a febre amarela e é considerada zona de baixo risco, com exceção das cidades que fazem divisa com os Estados do Centro-Oeste.