O Laboratório Central do Estado (LACEM) e o Instituto Evandro Chagas, em Belém, fazem os testes sobre o caso do motorista que visam identificar a infecção pelo vírus da febre amarela. Os exames também irão investigar a possibilidade de dengue, leptospirose e hepatite. Os resultados devem sair no final desta semana.
Se for confirmada febre amarela silvestre, esse será a primeira morte na Bahia desde 2000, quando foram registrados dez casos da doença, com três mortes.
Os sintomas começaram na quinta-feira, quando Lima apresentou indisposição, febre alta e icterícias. Ele chegou a ser internado na UTI do hospital Emec, em Feira de Santana, mas morreu em decorrência de falência múltipla dos órgãos.
VACINA
O motorista havia sido vacinado contra febre amarela em 2001, mas a doença não está descartada em função dos sintomas apresentados.
Segundo a coordenadora estadual da Imunização da Secretaria Estadual da Saúde da Bahia, Fátima Guirra, a vacina protege em 95% dos casos. "Nenhuma vacina tem 100% de eficácia. A vacina da febre amarela é uma das melhores em termos de resposta", explica ela. Exemplo é a tríplice viral, que previne do sarampo, rubéola e caxumba e que tem também 95% de eficácia.
Segundo Fátima, a explicação para que em alguns casos a vacina não funcione ainda não é totalmente clara para os pesquisadores. Ela acrescenta que a vacina é composta de antígenos que fazem com o que o sistema imunológico crie anticorpos para a doença. Mas nem todas as pessoas respondem dessa forma à vacinação.
"Não há motivo para pavor. Em relação à febre amarela, a necessidade é de que apenas as pessoas que estão viajando para áreas de risco sejam vacinadas", reforçou.
A Bahia tem cerca de 80 mil doses da vacina contra a febre amarela e é considerada zona de baixo risco, com exceção das cidades que fazem divisa com os Estados do Centro-Oeste.