Segundo o Ministério da Saúde, não há notificações da enfermidade em áreas urbanas desde 1942, graças a vacina contra o vírus, que pode ser aplicada a partir dos 9 meses vida e é válida por 10 anos. Entretanto, no período de 1980 a 2004, foram confirmados 662 casos de febre amarela silvestre, com 339 óbitos, representando uma taxa de mortalidade de 51%.
"A razão porque não temos tido casos urbanos deve-se basicamente ao fato do vírus fazer um ciclo silvestre em vetores de mata, e estes vetores (mosquitos) não são ‘urbanizáveis' como o Aedes Aegypti (que transmite a dengue)", afirmou o infectologista Antonio Bandeira, do Hospital São Rafael. O especialista também chama a atenção para a necessidade da discussão do fato ocorrido em Simões Filho e suas implicações, já que o animal morto pela doença habitava em uma região litorânea e com contato direto com o homem.
Dicas e Cuidados
Cuidado ao adentrar fazendas fechadas e mata fechada nesta região de Simões Filho e fronteira com Lauro de Freitas. Sugiro passar repelente em todo o corpo, principalmente nas pernas e braços, e se necessário, adentrar a mata com calça comprida e camisa de manga comprida.
É preciso cuidado ao manipular micos silvestres, pois podem transmitir raiva. De preferência não toque ou provoque estes micos. Se for mordido por algum mico ou saguis, procure um Serviço de Saúde e busque ser vacinado para raiva de imediato.
Sintomas
Os sintomas da Febre Amarela são: febre alta de início súbito, dor de cabeça e dores pelo corpo, olhos amarelados, urina escura, prostração importante e alterações de consciência, com tendência para o coma.
Tratamento
O tratamento mais adequado é o combate aos sintomas. Não há agente antiviral que possa agir contra o vírus, desta forma, é melhor prevenir do que remediar vacinando-se!