Saúde

ITABUNA TEME DESABILITAÇÃO DA GESTÃO PLENA DE SAÚDE E ACI PROTESTA

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| 18/11/2008 às 14:22
A vitória de Azevedo para a Prefeitura de Itabuna seria motivo da provável retaliação (F/Div)
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  Associação Comercial e Empresarial  de Itabuna está enviando uma carta ao governador Jaques Wagner; ao ministro da Saúde, José Gomes Temporão e ao ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima alertando para os riscos da desabilitação da gestão da saúde plena em Itabuna. O documento também está sendo encaminhado aos integrantes da bancada baiana no senado e na Câmara Federal.


  A decisão, segundo o presidente da ACI, Ubirajara Coelho, foi adotada após uma reunião da diretoria da entidade. Também ficou decidida a realização de uma ação em conjunto com o Grupo de Ação Comunitária, clubes de serviço e outras entidades para acompanhamento da ação em favor do município e que tramita no Tribunal de Justiça da Bahia.


    Na carta é destacado que a desabilitação da saúde "trará prejuízos irreparáveis para a população de Itabuna, cidade de 210 mil habitantes e, para  três milhões de pessoas dos 123 municípios  pactuados, e que são atendidos na cidade, que funciona como um pólo regional de comércio e serviços."

        
   PREJUIZOS 
   EM CADEIA

  Ressalta ainda, que a medida terá um impacto direto na economia itabunense, haja vista, que afetará toda a cadeia produtiva, ou seja, a perda de repasses que chegam a mais de R$ 5 milhões, o que representa cerca de R$ 60 milhões anuais.


  A ACI também considera extemporânea a desabilitação da saúde de Itabuna, uma vez que ela ocorre  num momento após uma eleição democrática para escolha do novo gestor municipal, eleito com mais de 52 mil votos,  ou seja, mais de 50% dos votos válidos, que seria estranhamente punido por erros cometidos na gestão do seu antecessor, sem poder implementar as políticas públicas e as mudanças no comando do setor discutidas durante a campanha.


IMPACTO NA ECONOMIA


  Um estudo realizado por técnicos da ACI revela, que num primeiro momento desabilitação da gestão plena da saúde teria impacto direto em toda a rede de prestação de serviços, uma vez que afetaria os setores de hotelaria, restaurantes, lanchonetes, lojas, farmácias e laboratórios, afetando também aos motoristas de táxi, locadoras de veículos, que atendem aos milhares pacientes e acompanhantes que se deslocam de outras cidades para Itabuna.

  Há uma estimativa que cada pessoa hospedada em Itabuna deixa em média de R$ 100,00 por dia no comércio local.


  A medida também poderá afetar os serviços da rede de serviços especializados em Itabuna, onde funcionam 124 estabelecimentos de saúde, dos quais 40 unidades públicas inclusive o Hospital de Base, com 157 leitos e que opera como unidade de referência regional para urgências e emergências. Tudo isso numa cidade onde não existe nenhuma unidade federal ou estadual de atendimento na área de saúde, o que agravaria ainda mais os prejuízos para a nossa população.


  Hoje, Itabuna dispõe de um total de seis hospitais em funcionamento com cerca de 889 leitos, inclusive os disponíveis no Hospital de Base, um serviço público municipal. Conta também com cerca de 84 clinicas e laboratórios particulares, que prestam serviços remunerados ao SUS, algumas unidades com atendimento de alta e média complexidade, além de uma rede de quase quatro dezenas de postos de saúde e unidades do PSF, esses últimos geridos através da Secretaria Municipal de Saúde,