Saúde

VIOLÊNCIA E SAÚDE SERÃO DEBATIDAS NA BAHIA PELOS ESTADOS DO NORDESTE

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| 10/04/2009 às 18:04
Secretário Jorge Solla, da Saúde estadual, abre o evento na segunda-feira, 13
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Bahia e Pernambuco estão entre os seis estados brasileiros com maior proporção de óbitos por violências e acidentes. O nível da violência serve como uma espécie de termômetro refletidor do nível de desigualdade socioeconômica da população baiana e, embora seja um tipo de agravo previsível e prevenível, segue sendo a segunda causa de morte com tendência a se tornar a primeira causa e, desta forma, constitui-se no principal desafio para a saúde pública nesta primeira década do século XXI.

Para tratar desse tema, a Sesab - Secretaria da Saúde do Estado da Bahia - promove, por meio da Superintendência de Vigilância e Proteção da Saúde (Suvisa), o II Seminário Estadual Violência & Saúde. O evento faz parte de um pacto da Suvisa com a Superintendência de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde e acontecerá de segunda-feira, dia 13, a quarta-feira, dia 15, no Grande Hotel da Barra.

A abertura, às 8h30, será precedida pelo secretário da Saúde do estado, Jorge Solla. Participam também da solenidade de abertura a superintendente da Suvisa, Lorene Pinto; o superintendente de Atenção Integral à Saúde, Alfredo Boa Sorte; Gustavo Bergonzoli, representante da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde); Marta Silva, da SVS/Ministério da Saúde; e Heloniza Costa, da Universidade Federal da Bahia.

Observatório

O principal objetivo do seminário sobre violência e saúde é mobilizar instituições governamentais e não governamentais para a elaboração de diretrizes para uma Política Estadual de Redução da Morbimortalidade por Acidentes e Violências que oriente, integre a articule ações efetivas de enfrentamento desse problema no Estado.

No primeiro dia, como forma de orientar o trabalho, nas palestras de abertura pesquisadores sanitaristas apresentarão para o debate o panorama geral da situação de violência no mundo e no país assim como os determinantes socioeconômicos e as políticas que estão sendo desenvolvidas no âmbito federal da saúde e de outros setores para o enfrentamento.

Nas outras cinco oficinas, especialistas, professores, pesquisadores, estudiosos e profissionais da área e organizações do movimento social discutirão sobre formas intersetoriais de enfrentamento da violência interpessoal, acidentes de trânsito, violência doméstica e sexual, acidentes de trabalho, outros acidentes como quedas, queimaduras, afogamentos e envenenamentos e sistematizando diretrizes/propostas de que possam ser encaminhadas a Secretaria Estadual de Saúde e ao governo do Estado para compor uma Política Estadual de redução da morbimortalidade por violência e acidentes sob a abordagem do setor saúde.

Também está sendo proposta a criação de um Observatório da Violência, iniciativa baiana que já está sendo "costurada" em outros estados e países. O "Observatório da Violência na Bahia e a Política Estadual de Redução da Morbimortalidade por Violências e Acidentes: Apresentação da proposta de constituição e funcionamento físico" é tema de uma das palestras, que vai acontecer na tarde da segunda-feira.