Saúde

SECRETARIA DE SAÚDE DIZ QUE NÃO HÁ MOTIVO PARA PÂNICO COM GRIPE SUINA

Veja
| 28/04/2009 às 18:05
 A Sesab – Secretaria da Saúde do Estado da Bahia – está cumprindo todas as recomendações e protocolo do Ministério da Saúde sobre a gripe suina e medidas foram tomadas no atendimento ao único paciente suspeito, que se encontra internado na área de isolamento do Hospital Especializado Octávio Mangabeira (HEOM). A Bahia tem plano de contingência para o vírus Influenza (vírus da gripe) desde 2007, quando se disseminou a gripe aviária.

As informações foram transmitidas hoje (terça, 28) à imprensa pelo secretário da Saúde do estado, Jorge Solla. Da entrevista também participaram a superintendente de Vigilância e Proteção da Saúde, Lorene Pinto; a diretora de Vigilância Epidemiológica, Alcina Andrade; o técnico da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep), Juarez Dias; e a diretora do Hospital Especializado Octávio Mangabeira, Maria Inez Farias. A coletiva aconteceu no próprio HEOM, onde o paciente A.M.N.B., de 40 anos, residente em Boston, está internado desde a noite de ontem (segunda, 27) em área de isolamento respiratório, embora seu estado de saúde seja considerado bom – hoje pela manhã, ele estava praticamente sem sintomas.

Foram colhidas secreções do trato respiratório para isolamento viral (identificação do vírus) e sangue, sendo as amostras encaminhadas, hoje, para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro. Os resultados só serão divulgados dentro de 48 a 72 horas. A expectativa, segundo informou a superintendente de Vigilância da Sesab, Lorene Pinto, é descentralizar a realização do exame de isolamento viral. Uma área física já está sendo preparada, com essa finalidade, na Diretoria de Vigilância Epidemiológica, Divep.

A.M. e sua esposa, que não é considerada caso suspeito por não ter sintomas de gripe, chegou a Salvador no dia 16 de abril, procedente de um voo Boston/Miami/Salvador, e seguiu para Minas Gerais. Naquela data, ele apresentava inflamação de garganta, tendo feito uso de medicamento sintomático (Bactrim), e um dia depois sua esposa também apresentou incômodo na garganta mas, segundo ela, ficou bem. Já de volta a Salvador, A.M. sentiu febre alta, tosse, dor de cabeça, tomando medicamento sintomático (paracetamol) até o dia 27, quando buscou o SAMU e, diante dos sintomas, foi conduzido ao Hospital Octávio Mangabeira. A mulher dele, embora não apresente sintomas nem seja considerada caso suspeito, também se encontra internada naquele hospital.

Ações articuladas
“A assistência prestada ao paciente mostrou que todos os serviços (de saúde) estão funcionando de forma adequada, e que nossa Vigilância está alerta, dentro do plano de contingência elaborado em 2007 e testado em simulado de gripe aviária feito pelo Ministério da Saúde em junho daquele ano, com sucesso”, disse o secretário Jorge Solla. As medidas de assistência adotadas para o paciente suspeito fazem parte, como explicou o secretário, do plano de contingência, com ações estruturadas entre os diversos órgãos e serviços de saúde: SAMU, Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Ministério da Saúde, Secretaria estadual de Saúde.

Além da estruturação e interligação das ações, Jorge Solla também destacou a recuperação por que passou o Hospital Especializado Octávio Mangabeira, tanto nas instalações físicas quanto na reestruturação dos equipamentos e do quadro de pessoal, “não só para dar conta do desafio que o hospital enfrenta no dia-a-dia, mas por ser ele a principal referência para casos como esses (de gripe aviária e suína, por exemplo)”.

Para o secretário, o importante é tranquilizar as pessoas, alertando para o fato de que uma simples gripe não pode ser considerada caso suspeito, com exceção para o caso de pessoas vindas dos locais de risco. “O quadro clínico do paciente é compatível com a maioria das gripes e deve ser descartado como gripe suína”, adiantou o secretário.