Estabelecer uma afinação ainda maior entre os diversos setores responsáveis pelas ações com relação ao atendimento de pacientes suspeitos da influenza suína (gripe suína) foi o principal objetivo da reunião realizada hoje (terça, 28), no início da noite, na Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab).

Conduzida pelo secretário Jorge Solla, participaram da reunião o secretário de Saúde de Salvador, José Carlos Brito; o coordenador do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), Ivan Paiva; representantes da Coordenação da Vigilância de Portos e Aeroportos da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária); diretores de hospitais e técnicos das superintendências de Vigilância e Proteção da Saúde e da Gestão e Regulação da Sesab.

"Precisamos afunilar melhor as condutas, ter uma rotina mais estabelecida, azeitar e preparar melhor as equipes", resumiu o secretário Jorge Solla. Segundo ele, a tendência, nos próximos dias, é intensificar o trabalho da Vigilância. Mas isso não significa que a população deva entrar em pânico ou se preocupar excessivamente com a ocorrência de casos da doença, como pontuou o secretário José Carlos Brito. Entre as medidas propostas, Brito acenou com a possibilidade de ser feito um contingenciamento de leitos, como acontece em ocasiões como o Carnaval, e deslanchar uma campanha de utilidade pública informando a população sobre a doença.

Ações conjuntas

Esse contingenciamento de leitos poderá ser feito com a colaboração da rede suplementar de hospitais, visando, inclusive, desafogar o Hospital Especializado Octávio Mangabeira (HEOM) para o isolamento respiratório de pacientes com suspeita de gripe suína. Também deverá ser assinada, pelos dois secretários, para diretores de hospitais da rede privada, alertando-os para a necessidade de manterem um espaço adequado para isolamento respiratório. O treinamento de médicos, enfermeiros e técnicos de laboratório já começa amanhã (quarta, 29) em Salvador e cidades que recebem voos internacionais, como Porto Seguro, e prossegue até o dia 11 de maio.

"Temos um plano de contingência, que é o que nos une, definindo a função de cada um (setor), qual a conduta a ser adotada frente a um caso suspeito, para onde encaminhar o paciente, como se dá a coleta do material para exame, dentre outras coisas", lembrou a superintendente de Vigilância e Proteção da Saúde da Sesab, Lorene Pinto. Esse plano terá sua apresentação padronizada, com a criação também de um fluxograma para facilitar a conduta de médicos e outros profissionais de saúde que atuam em emergências frente a casos suspeitos.

Dentro desse plano, o representante da Coordenação da Anvisa na Vigilância de Portos e Aeroportos, Antonio Batista, ressaltou que as medidas já estão sendo adotadas, com a distribuição de folhetos informativos entre órgãos como Infraero e Polícia Federal e empresas aéreas, locadoras, agências de turismo, todos que possam ter contato com passageiros indo ou vindo de áreas de risco. "Não queremos apenas receber os casos e retransmitir para a Vigilância Epidemiológica. Nosso objetivo é estar perto do sistema como um todo, reforçando mais os laços no espírito de unidade do SUS (Sistema Único de Saúde).