O combate ao tabagismo, enfatizado em todo o mundo no próximo dia 31 de maio (Dia Mundial Sem Tabaco), continua sendo o principal fator de prevenção para uma doença de alto risco de morte, que tem aumentado sua incidência mundial - o câncer de pulmão. "O cigarro é realmente o principal fator de risco. Tanto para os fumantes ativos, quanto para os passivos", alerta a oncologista Vanessa Dybal. A patologia, que só perde em números para cânceres de pele não-melanoma, de mama em mulheres e de próstata em homens, tem nos fumantes sua população alvo, sendo 90% dos casos associados ao consumo de derivados de tabaco (Segundo a Organização Mundial da Saúde, um terço da população mundial adulta, isto é, 1 bilhão e 200 milhões de pessoas, são fumantes).
Tosse e sangramento pela via respiratória são os principais sintomas deste tipo de câncer que tem aumentado em 2% a sua incidência mundial. No Brasil, o câncer de pulmão foi responsável por 17.810 novos casos em homens e 9.460 em mulheres em 2008, sendo o tipo de câncer que mais fez vítimas. Na Bahia, foram 820 casos no ano passado, 300 deles, em Salvador.
Segundo a médica Vanessa Dybal, oncologista do corpo clínico da AMO, os tumores malignos de pulmão podem provocar sintomas como: tosse, sibilos, estridor (ronco), dor no tórax, escarros hemópticos (escarro com raias de sangue), falta de ar e pneumonia. A maneira mais fácil de diagnosticar o câncer de pulmão é através de um raio-X do tórax complementado por uma tomografia computadorizada. Uma vez obtida a confirmação da doença, é realizado o estadiamento que avalia o estágio de evolução, ou seja, verifica se a doença está restrita ao pulmão ou disseminada por outros órgãos.
Para o paciente que descobre o tumor num estágio inicial, é possível o tratamento curativo através da cirurgia. Quando a doença já se espalhou para outros órgãos, o tratamento é feito através da quimioterapia: "Com o avanço da medicina e o uso de novas drogas, a quimioterapia está contribuindo para um aumento na qualidade e no tempo de vida dos pacientes, e com cada vez menos toxicidade relacionada ao tratamento", afirma a médica.
Segundo Vanessa, alguns cuidados podem também evitar os cânceres em geral: "Praticar exercícios físicos, manter uma dieta saudável e equilibrada, evitar alimentos defumados e conservantes", afirma ela.