Os cientistas brasileiros Alysson Muotri, Cassiano Carromeu e Maria Carolina Marchetto conseguiram, pela primeira vez, transformar em células saudáveis neurônios de portadores de um tipo de autismo.
Os três, que trabalham nos Estados Unidos, reprogramaram as células humanas em laboratório. O autismo é uma disfunção que afeta a capacidade de comunicação, a capacidade motora e de relacionamento do ser humano. No laboratório, separaram as células da pele e as reprogramaram para se tornar neurônios. Resultado: viram que os núcleos das células de crianças com autismo eram maiores e as ramificações de ligação com outros neurônios eram mais curtas e em menor número do que nas pessoas sem o transtorno. O próximo passo foi tentar resolver os problemas dos neurônios com sinais da doença. Os pesquisadores recorreram a diversos remédios. Um deles funcionou, deixou o neurônio normal. Isso deu esperanças de que o autismo possa ser curado. A questão é que o remédio foi eficiente para tratar uma célula em laboratório. Em doses maiores traz efeitos colaterais graves. O coordenador da pesquisa dos brasileiros que traz esperança para a cura do autismo, Alysson Muotri, calcula que a evolução da pesquisa possa se dar entre 5 e 10 anos, ou mesmo antes disto :
'Pode ser que a gente tenha uma descoberta fenomenal e as coisas acelerem muito mais", finalizou Alysson. O estudo vai ser publicado na próxima edição da revista especializada Cell
MUNDO
Em todo o mundo seriam 60 milhões de pessoas com autismo. No Brasil 2 milhões de pessoas. Nos Estados Unidos cientistas de inúmeros países pesquisam a cura do autismo, com patrocínio ou não dos seus governos. No caso do Brasil a iniciativa vem de investimento de fundações americanas que levam os nossos cientistas pra os E.U.A. O governo americano destina somas fabulosas para as pesquisas da cura da síndrome.