Tal como Judas que traiu Cristo por 30 moedas
De nada adiantaram os reclames da sociedade: o Patrimônio da União liberou o concreto na praia do Farol para a instalação de camarotes visando atender a Editora Abril (Revista Contigo) e as TVs Bahia, Aratu e Band.
Segundo a sec Ana Vilas Boas, do Patrimônio da União, isso só foi possível porque a Prefeitura de Salvador, por decreto, "instruiu que a parte posterior dos praticáveis e similares fossem transferidos para a praia, na intenção de não reduzir o espaço reservado para os foliões".
Ou seja, a União liberou porque a Prefeitura permitiu. Essa é boa: se a areia da praia é área do patrimônio da União se supunha que o decreto do prefeito seria inócuom mas, pelo contrário, serviu de álibi para a liberação.
A rigor, houve uma pressão muito forte dos meios de comunicação - não só da Editora Abril, mas também das emissoras de televisão da Bahia, as TVs Bahia, Aratu e Band - e a liberação foi geral.
O mais interessante são os valores cobrados para as liberações: para a Contigo 82.22 reais; para a TV Bahia 45 reais; para a TV Aratu 34.50 reais. Isso significa valores menores do que uma entrada no camarote buate do Centro Espanhol.