Há um movimento em curso querendo entender ou até pedindo explicações a setores de direitos humanos da Bahia sobre a participação da modelo Naomi Campbell no Carnaval de Salvador, como atração internacional paga em moedas de euro para dar visibilidade à festa.

  Ora, Naomi Campbell foi presa nos Estados Unidos por ter espancado a sua empregada doméstica e só se livrou do xadrez porque pagou fiançca e foi obrigada a prestar trabalhos comunitários. 

  A imprensa internacional (aí sim) deu destaque a essa atitude arbitrária da modelo e de outros dos seus casos envolvendo até coisas mais graves.

  Ademais, o que fazia Naomi no Ilê Aiyê, bloco que se apresenta como uma expressão dos movimentos de afirmação da negritude na Bahia? 

  Ao que se sabe, nunca a imprensa internacional registrou que a modelo Campbell esteja engajada em qualquer desses movimentos.

  Pelo contrário, só frequenta as rodas chics, superbadaladas do set internacional.

  Daí que sua presençca no Ilê foi uma tremenda peça de marketing de mau gosto que expôs o bloco a uma situação crítica, ou pelo menos de críticas à sua atitude. Para o outro lado, do patrocinador é o chamado marketing de resultados.