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POLÍCIA DIZ QUE SÓ HOUVE 15 RIXAS NO CARNAVAL. SÓ PODE SER BRINCADEIRA

Essa é nossa opinião
| 07/02/2008 às 09:01
  Uma observação importante para nossos leitores: os números apresentados pelo comando da Secretaria de Segurança Pública sobre as ocorrências policiais durante o Carnaval são os oficiais. Ou seja, aqueles registrados pela Polícia. Obviamente que os números reais não são esses, pois, a maioria das pessoas agredidas, furtadas e outros não prestam queixas à Polícia.

   Um exemplo: a Polícia apresentou como sendo 15 o número total de rixas (brigas de tapas, arranca cabelos, etc) o que é uma brincadeira. Só numa passagem do Chichete com Banana em qualquer dos circuitos acontecem mais de 15 rixas. A passagem do Parangolé e de OsBambaz pelo Barra/Ondina ocorreram mais de 30 rixas ou porradas como se diz aqui em Salvador.

    Outro dado interessante e que mostra, de certa forma, a ineficiência de inteligência da Polícia: só foram presas 28 pessoas em flagrante. Estima-se, extraoficialmente, que somente no circuito Barra/Ondina foram surrupiados do alheio mais de 100 aparelhos de celulares.

    Ademais, como diz a própria Polícia se foram registrados oficialmente 988 furtos e 128 roubos com 1257 detidos, como só foram presos em flagrante 28 pessoas? Isso significa dizer que a Polícia em matéria de inteligência falhou feio porque 28 flagrantes ou mais a TV Aratu e a TV Bahia mostraram aos telespectadores.

   ESTRUTURA
   POLICIAL

   A rigor, o trabalho da Polícia - Militar e Civil - durante os carnavais vem sendo estruturado há anos e merece todo respeito e consideração.

   Agora, causa surpresa, até porque quem foi ao Carnaval viu isso de perto e sentiu na pele, não houve essa tranquilidade que o comando da SSP tenta passar aos meios de comunicação.
 
   O Carnaval tem um código próprio, os blocos e afoxés gastam uma grana preta em seguranças particulares (cordeiros, "armários", etc), os camarotes idem idem, e existe uma apreensão constante das pessoas. Tranquilidade, a rigor, é uma expressão que não existe no Carnaval.

   Portanto, um pouco de realismo faz bem a verdade.