A observação é da diretoria do Sindlimp
A coordenadora do Sindilimp-BA (Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza do Estado da Bahia) Ana Angélica Rabello divulgou uma nota onde agradece aos meios de comunicação o apoio dado em especial na luta dos trabalhadores terceirizados pelo recebimento de seus salários sempre em atraso e lembra, porém, que os trabalhadores em limpeza mais uma vez aparecem como seres invisíveis no Carnaval de Salvador.
"Logo após o arrastão da Quarta-feira de Cinzas a cidade estava praticamente limpa e o grande centro formado pelos circuitos do Carnaval passaram pelo processo de varrição, catação, lavagem com detergente e aromatização. O grande problema, porém, foi a alimentação de péssima qualidade oferecida pela Limpurb (Empresa de Limpeza Urbana de Salvador) aos trabalhadores que atuaram na Operação Carnaval.
Denunciamos este abuso e que a prefeitura de Salvador venha a público dizer a causa de tanto desrespeito contra os trabalhadores que fazem da cidade um local de maior qualidade de vida e atração para turistas", finalizou Ana Rabello.
Edson Conceição de Araújo, também diretor do Sindilimp-BA, afirmou que "a Limpurb faz questão de divulgar a utilização na Operação Carnaval de 160 veículos, entre caminhões simples e compactadores, carros-pipa, de sucção e de apoio e que até a conclusão da operação, a estimativa é de consumo de 6 mil m³ de água, 10 mil litros de detergente e 6 mil litros de aromatizante.
A empresa omite, porém, que a alimentação oferecida aos trabalhadores ainda do quadro fixo da empresa que atuaram, em torno de 500 funcionários, receberam uma alimentação de baixíssima qualidade".
O sindicalista destaca que "quando se fala em democratização do Carnaval é preciso não perder de vista aqueles que trabalham nele a exemplo dos trabalhadores em limpeza e tantas outras categorias profissionais".