Turismo

DICA TURISTICA DA SEMANA: SUCRE, patrimônio mundial da Unesco em 1991

É considerada a cidade mais bonita da Bolivia por seu monumental centro histórico
Tasso Franco , da redação em Salvador | 10/04/2015 às 12:45
Sucre, a cidade branca, com seus monumentos históricos conservador
Foto: BJÁ
   A dica turística da semana vai para Sucre, a capital constitucional da Bolívia e do Departamento (Estado) de Chuquisaca, Patrimônio Cultural da Humanidade, conhecida também como a cidade dos 4 nomes e/ou  "La ciudad blanca". Muitos dos seus prédios históricos são pintados de branco e estão bem conservados.

   Sucre é também um centro de educação por excelência nos níveis médio e universitário, muitos brasis frequentam suas escolas de medicina e agricola, e os estudantes das escolas secundárias são vistos fardados por todo centro histórico. Há um integração perfeita (o que falta ao Pelourinho) entre a população local, os turistas e o seu centro histórico. 

   As familias frequentam as praças, os bares e restaurantes vivem lotados de estrangeiros, há uma boa rede de hotéis (especialmente no estilo butiques) e restaurantes e nos finais de semana e a Praça principal (25 de Mayo) é fechada ao trânsito. Uma curiosidade: o trânsito é monitorado por jovens vestidos de cavalos, numa ação educacional para los niños, e todos obedecem.

   O que leva tantos estrangeiros a Sucre é seu parque dos dinossauros, seu fabuloso centro histórico, as trilhas de bikes e parapentes nas montanhas dos Andes, passeios a cavalos, trilhas pra triciclos - um forte turismo de aventuras - e por estar a meio caminho de Potosi (as famosas pratas de Potosi, 3h de bus) e o deserto do sal (mais 5h de bus), aventuras que levam muitos mochileiros da Europa e dos Estados Unidos. E, claro, muitos brasileiros.

   BONS PREÇOS

   Para chegar a Sucre partindo de La Paz ou de Santa Cruz de La Sierra pega-se um jato 727 de AmasZonas (40 minutos e 30 minutos de voos) e pronto. Do aeroporto até o hotel, no centro histórico paga-se, em média 30/40 bolivianos (R$15,00 a R$20,00). Os  hotéis de boa qualidade custam, em média, entre 400 a 500 bolivianos (R$200,00 a R$300,00) e as pousadas entre 150 a 300 bolivianos (R$70,00 a R$150,00. 

   A cidade faz muito frio. Portanto, ao fazer reserva num hotel verifique se tem 'calefacion' (aquecimento). O centro histórico pode ser todo percorrido a pé. Para ir ao Parque dos Dinossauros sai um ônibus (bus panorâmico) de frente da catedral a la 1 de la tarde. O parque fica nos arredores da cidade e custa R$15,00 o ingresso (30 bolivianos) e mais R$20,00 do bus. Em média, o preço de um almoço custa R$20,00 (40 bolivianos). Uma garrafa de vinho básico/classíco Campos Solana R$25,00.

  Sucre é a 5ª cidade mais populosa da Bolivia, ainda hoje sede do Poder Judiciário nacional. Fica localizada na região do Centro-Sul a 2.810 metros (9.200 pés) de altitude, tendo aproximadamente 500 mil habitantes e sendo portanto uma das cidades mais altas da América do Sul. Ao longo de sua história, foi denominada Charcas, La Plata e Chuquisaca, e recebeu a alcunha de Cidade dos Quatro Nomes.

    Em 1991, seu centro histórico - que conserva grande parte do patrimônio boliviano - foi incluído no Patrimônio Mundial da UNESCO. 

    Em 29 de setembro de 1538, Sucre foi fundada com o nome de Ciudad de la Plata de la Nueva Toledo por Pedro de Anzures, marquês de Campo Redondo. Em 1559, o rei Filipe II da Espanha instituiu a Audiência de Charcas em La Plata, com autoridade sobre uma área que cobre o que é hoje o Paraguai, o sudeste do Peru, o norte do Chile e da Argentina, e boa parte da Bolívia. Em 1609, uma arquidiocese foi fundada na cidade. Em 1624, foi fundada a Universidade São Francisco de Xavier.

    Até o século XVIII, La Plata foi o centro judicial, religioso e cultural da região. Em 1839, depois de tornar-se a capital da Bolívia, a cidade teve seu nome alterado em homenagem ao líder revolucionário Antonio José de Sucre. 

    Após o declínio econômico de Potosí, Sucre viu a sede do governo boliviano, em 1898, mudar-se para La Paz. Em 1991, Sucre tornou-se Patrimônio da Humanidade, segundo a UNESCO.


    OS 4 NOMES

    Charcas era o nome indígena do lugar em que os espanhóis construíram a cidade colonial; La Plata foi o nome dado à cidade emergente; Chuquisaca foi o nome concebido à cidade durante a época de sua independência; Sucre homenageia o marechal da Grande Batalha de Ayacucho (9 de dezembro de 1824): Don Antonio Jose de Sucre.
  
   A Casa da Liberdade (La Casa de la Libertad) Construída em 1621, essa talvez seja uma das mais importantes construções nacionais. A república foi fundada nessa casa por Simón Bolívar, que escreveu a Constituição Boliviana.

   A Biblioteca Nacional (La Biblioteca Nacional) Construída no mesmo ano da fundação da república, é o primeiro e mais importante centro bibliográfico e de documentos do país. Possui documentos que datam do século XV.

   Catedral Metropolitana (La Catedral Metropolitana) Construída entre 1559 e 1712, a catedral abriga o Museu Catedralício, que é o primeiro e mais importante museu religioso do país. A pinacoteca conta com uma vasta coleção de pinturas de mestres dos períodos colonial e republicano também de europeus como Bitti, Fourchaudt e Van Dyck. A catedral contém uma vasta coleção de joias feitas de ouro, prata e outras gemas.

    Palácio do Arcebispo (El Palacio Arzobispal) Construído em 1609, foi uma importante instituição religiosa e histórica durante os tempos coloniais.

    DICA DE HOTEL 

    Villa Antigua