Turismo

A IGREJA DA MEMÓRIA, um dos pontos turísticos mais visitados de Berlim

Proposta é mostrar quanto é nefasta uma guerra para uma cidade e seus monumentos, além de sua população
Tasso Franco , da redação em Salvador | 30/11/2015 às 12:11
A Igreja da Memória no centro de Berlim
Foto: BJÁ
Um dos monumentos simbólicos de Berlim é a Igreja da Memória, ponto de visita obrigatória a qualquer turista que vai a cidade.

  Os bombardeios norte-americanos, ingleses e soviéticos destruitram a Kaiser-Wilhelm-Gedächtniskirche (igreja em memória ao Imperador Guilherme) e deixaram somente as ruinas da torre, onde hoje está uma documentação da história da igreja com seus mosaicos originais do teto, relevos de mármore e objetos de culto.

   A ruina da torre tem agora o apelido de "dente cariado" e ao lado da torre antiga, o arquitetop Egon Eirmann construiu, em 1961, a nova igreja e a noiva torre, conjunto que mostra o constrates entre a antiga e a nova Berlim.

   A Igreja da Memória, parcialmente destruída pelos bombardeios de 1945, nunca foi restaurada, justamente para lembrar ao mundo o que não deveria voltar a acontecer. É daí que vem o seu nome tão sugestivo.

   Construída em 1890, essa igreja foi dedicada a coroação de Wilhelm I (Guilherme I), mas hoje em dia somente a torre se mantém em pé. A Igreja da Memória se transformou em um autêntico símbolo da cidade, atuando como um lembrete dos fatos ocorridos durante a Segunda Guerra Mundial. 

    Na parte mais alta da torre se encontra o "sino da liberdade". Na parte lateral da igreja, foi construído um moderno anexo, com vidros azuis e uma torre hexagonal de 53 metros de altura.

   QUEM FOI GUILHERME I
    (WIKIPÉDIA) 

  Guilherme I (Berlim, 22 de março de 1797 – Berlim, 9 de março de 1888) foi o rei da Prússia de 1861 até sua morte e também o primeiro soberano da Alemanha unificada a partir de 1871. Sob sua liderança como chefe de estado e de seu chefe de governo Otto von Bismarck, a Prússia encabeçou a Unificação Alemã e por consequência o estabelecimento do Império Alemão (a Alemanha moderna como conhecemos hoje, porém com território maior). Apesar do apoio que dava ao chanceler do império, o soberano tinha muitas reservas sobre algumas das políticas mais reacionárias do político, incluindo seu anti-catolicismo e severidade com subordinados. 

  Ao contrário de Bismarck, o kaiser foi descrito como cavalheiresco, educado e refinado, e apesar de manter um firme conservadorismo, tinha uma cabeça mais aberta a certas ideias clássicas liberais que seu neto Guilherme II, porém muito menos que seu filho e sucessor, o kaiser Frederico III.Guilherme nasceu em Berlim, capital do Reino da Prússia, no dia 22 de março de 1797, em plena revolução francesa, sendo o segundo filho do rei Frederico Guilherme III e da rainha Luísa de Mecklemburgo-Strelitz. Entre os anos de 1801 e 1809 foi educado por Friedrich Delbrück, também responsável pela educação de seu irmão, o príncipe-herdeiro Frederico Guilherme. Aos 10 anos, o rei o nomeou um oficial do exército prussiano.

   A partir de 1814, lutou no exército contra o imperador Napoleão I, dos franceses na Guerra da Sexta Coalizão. Atingindo o posto de capitão, o príncipe Guilherme ganhou uma condecoração, a Cruz de Ferro. A guerra e a luta contra o França deixou uma forte impressão sobre tudo aquilo que acontecera na mente dele, em particular por diversos fatores, causando uma antipatia de longa data contra os franceses. Em 1815, sendo major, lutou sob o comando de Gebhard von Blücher nas batalhas de Ligny e Waterloo.

   Após vários cargos ganhos no exército, o príncipe se casou com Augusta de Saxe-Weimar em 1829, após ser obrigado por seu pai a abandonar o relacionamento com a sua prima Elisa Radziwill, por ser considerado inapropriado pelo soberano prussiano. Augusta era filha do grão-duque Carlos Frederico de Saxe-Weimar-Eisenach. O casamento deles foi aparentemente estável, mas não um muito feliz.

  Em 7 de junho de 1840, o pai de Guilherme morre, e seu irmão torna-se o novo rei da Prússia. Frederico Guilherme não tinha filhos, tornado Guilherme o herdeiro ao trono, sendo chamado de Príncipe da Prússia. Guilherme defendia o absolutismo monárquico (desde que o soberano fosse uma espécia de Rei David), tendo um papel relevante na repressão dos movimentos liberais que assolaram a Alemanha nesta época (1848-1849).

   Em março de 1848, viu-se obrigado a refugiar-se no Reino Unido devido à Revolução de Berlim, e com o uso de canhão (impopular na época), lhe rendeu o apelido Kartätschenprinz (Príncipe da Metralhadora). Um ano depois, voltou e chefiou as tropas que, na Baviera, instauraram a ordem alterada pelos liberais. Também ajudou a acabar com uma revolta em Baden, onde comandou o exército prussiano. Em outubro de 1849, ele tornou-se governador-geral da Renânia e Vestefália, com um assento na Kurfürstliches Schloss em Koblenz.