O Leão defendeu-se bem mas criou muito pouco ofensivamente. São sete jogos seguidos sem Vitória.
Foi um jogo duro, com poucas chances de gol, de lado a lado, um 0 x 0 no placar que não foi bom pra ninguém. Menos mal, no entanto, para o rubro-negro baiano, a despeito de até agora ter conseguido apenas dois empates; mas o time baiano somou um ponto fora de casa. Todos sabemos, vencer na Argentina, mesmo tendo pela frente um adversário tecnicamente fraco, como mostrou-se o Defensa Y Justicia, é sempre difícil. O Leão defendeu-se bem mas criou muito pouco ofensivamente. São sete jogos seguidos sem Vitória.
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Em Florêncio Varela/na grande Buenos Aires
- Estádio Norberto Tito Thomaghelo, provinciano, tempo limpo, arquibancadas acanhadas e com espaços vazios (torcida rubro-negra pesente), gramado bem cuidado mas de relva alta e, nalguns setores do campo, mastigado.
- Valendo pela segunda rodada da competição. O Vitória só empatou seu primeiro jogo em casa (1 x 1) contra o Universidad Católica/Equador; estava há 5 jogos sem vencer e há 11 anos sem jogar uma partida fora do país. A equipe argentina não anda numa fase boa, está do meio pra baixo da tabela de classificação do campeonato argentino, precisando triunfar em casa.
- Uniformes: o Defensa tem as cores verde e amarelo/ camisetas amarelas vistosas, detalhes em preto; o Vitória com seu uniforme um, em vermelho & preto, camisas com listras verticais.
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Com bola rolando...
- Marcação forte, justa, de parte a parte, muitos passes esticados, velocidade. O Leão postado como se estivesse em casa, ofensivo, à vontade. Aos 10’, uma blitze do Vitória, chute de Baralhas, goleiro trabalhando, escanteio... Aos 11’, um chute de longe de Jamerson, assustando. O Leão começou bem, fustigando.
- Aos 18’, primeira chegada dos donos da casa; um chute bem colocado de Gonzalez, Lucas Arcanjo mergulhou e salvou, no rodapé. O Defensa já equilibrava as ações. Aos 27’, depois de uma pixotada da defesa argentina, Mateuzinho entrou livre e bateu da meia lua, errou o alvo. A melhor chance até então.
- O tempo passando, 37 minutos e pouco ou nada acontecia; muitos passes errados, perde e ganha nas intermediárias, as defensivas prevalecendo, poucos lances de área.
Como dizia o grande e saudoso mestre Armando Oliveira, um primeiro tempo de ‘muita transpiração e pouca inspiração’. Disputa parelha. Na correria. O Vitória foi melhor nos primeiros 10, 15 minutos, assediando. Depois, foi murchando e o time da casa cresceu. Raras oportunidades de gol.
- Segundo tempo: Sem mudanças no intervalo. O mesmo panorama. Algumas faltas duras, pressão sobre a arbitragem, o soprador de apito aliviando pra os donos da casa. O Leão em cima, mais agressivo. Por volta dos 15’, Carpini mexeu; em campo Wellington Rato e C Eduardo, saíram Erick e Carlinhos; Molina bateu falta, cabeceio de Larralde, fraco, nas mãos de Lucas Arcanjo. Aos 18’, tentativa de William, de muito longe, desviou na zaga, escanteio.
- Aos 25’, chute de Perez, da entrada da área baiana, muito alto. Do outro lado, Baralhas também tentou, nas alturas. Após um erro pelo meio campo dos argentinos, uma pressão rubro-negra, Janderson furou numa tentativa de finalizar e C Eduardo bateu em cima da zaga. Chance desperdiçada. Aos 30’, substituições dos dois lados, os treinadores em busca do gol.
- Aos 32’, Mateuzinho arriscou, a bola desviou na zaga e foi nas mãos do goleiro. Aos 35’, ótima defesa de Lucas Arcanjo, no reflexo, rebatendo por baixo um chute forte e frontal, evitando o gol. A torcida local se animou. Aos 36’, após falta cobrada da direita, cabeçada de Perez, Lucas salvou, arrojado, no chão.
Carpini fez as substituições finais, indo pro tudo ou nada, em busca do triunfo. O jogo ficou aberto, lá e cá, indefinido. O árbitro deu mais 4 minutos depois dos 90. Aquela pressão final dos argentinos, escanteios seguidos, a defesa baiana suportou bem. Deu empate.
Destaques:
O miolo de zaga do Vitória, seguro, a marcação no meio de campo, a aplicação. Só.
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Ficha Técnica
- O Defensa Y Justicia do treinador Pablo de Muner: Bologna, Ferreira, Perez Damian, Balanta e Cannavó; Gutierrez, Cesar Perez e Mititello; Molina, Larralde e Gonzalez (Ramirez, Osório, Miranda , Valentin)
- O Vitória de Carpini: Lucas Arcanjo, Claudinho, Halter, Ze Marcos e Jamerson; William, Baralhas (Ryller) e Mateuzinho (Fabri); Erick (W Rato), Carlinhos (Carlos Eduardo) e Janderson (Mosquito). (Fabri e
- Arbitragem peruana, com Augusto Menendez no apito.
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O Vitória volta a campo no domingo, pelo Campeonato Brasileiro. Enfrenta o Atlético ‘Galo’ Mineiro, em Belo Horizonte.
Dia 23, no Barradão, enfrenta o Cerro largo, às 21h30, no Barradão, pela Sul-americana.
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Colorado é líder
Pela Libertadores, em Porto Alegre, o Internacional enfiou 3 x 0 no Atlético Nacional da Colômbia e, agora com 4 pontos e um saldo superior, assumiu a liderança do Grupo F, o do Bahia, que tem também 4 pontos, um saldo inferior, e recebe o Atletico Nacional na próxima rodada, na Fonte Nova. Parada dura. O time colombiano é bom e cascudo, bem dotado fisicamente. No Beira Rio, teve um atleta expulso, daí o placar. Os gaúchos souberam tirar partido e fizeram bom saldo de gols.