Cultura

MOTORISTA DE ÔNIBUS VOLTA À BERLINDA DEPOIS DE ACIDENTE NA PARALELA

Eis a questão a ser analisada pelos estudiosos
| 10/04/2007 às 09:58
Motoristas são obrigados a trabalhar mais do que previsto em lei (F/G)
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   O acidente de ônibus na Avenida Luis Viana Filho (Paralela) provocado irresponsavelmente por um motorista que dirigia em alta velocidade, e que provocou a morte de duas pessoas e ferimentos em 28, além de gerar tumulto, apreensão e engarrafamento na principal via da cidade, trouxe à discussão, mais uma vez, o desempenho dessa categoria na cidade do Salvador.

   Para muitas pessoas, os motoristas de ônibus de Salvador são arrogantes, irresponsáveis, dirigem como querem, não respeitam os carros pequenos e as motos, invadem sinais, param aonde querem e não acontece nada a eles. Essa é a visão que a maioria da população tem dos mais de 4.000 profissionais que atuam nas frotas que servem à população.

   São 2.200 ônibus circulando, diariamente, nas ruas de Salvador e mais de 20 milhões de passageiros/viagens mês, o que representa um volume de tráfego intenso e um grau de estresse muito grande. O Sindicato da categoria defende os motoristas e diz que o problema está nas empresas que forçam os trabalhadores a jornadas diárias absurdas, pagam mal e não dão condições ideais de trabalho.

   O sindicato patronal tem sua versão e atesta que faz tudo dentro da lei, os motoristas recebem treinamento, são pagos de acordo com o poder das empresas e faz tudo o que pode pela categoria.

   Nessa queda de braço, os usuários levam a pior e os motoristas de veículos menores, motos e passageiros pagam o pato. As reclamações sobre o comportamento de motoristas de ônibus nos programas de rádio (Sociedade, Metrópole, Itaparica, Excelsior, etc) são diárias. E, as mais comuns são de que eles dirigem como querem e não respeitam ninguém.

   A SET por sua vez é considerada inoperante. E não atua como deveria na fiscalização dos pontos e também na punição a motoristas.