As declarações foram dada no seu comentário da Rádio Metrópole
Souto atesta que no seu governo Bahia cresceu com taxas superiores ao Brasil (Foto/Div)
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Em seu comentário nesta terça-feira, 20, na rádio Metrópole, o ex-governador Paulo Souto diz que não é economista, mas ficou perplexo com o novo conceito difundido pelo governador Jaques Wagner dando conta de que "a Bahia está estagnada há 30 anos", quando, nesse período o Estado teve um crescimento de 197% com média anual de 3.8%.
Com ponta de ironia, Souto destacou que nos últimos quatro anos (seu período de governo), entre 2003 e 2006, enquanto o Brasil cresceu com taxas de 1.1% (2003); 5.7% (2004); 2.9 (2005) e 3.7% (2006), a Bahia cresceu nos respectivos anos, 2.2%; 9.2%; 4.7%; e 4.0%. Já em 2007, segundo Souto, houve pela primeira vez na história recente do Estado, uma inversão de valores, com o Brasil crescendo 5.3%; e a Bahia 4.5%.
Segundo Souto, a Bahia estagnou, "isso sim, a partir de 2007, e o governo agora faz uma mea-culpa lançando um programa de incentivos fiscais que tanto condenara". Na opinião do ex-governador, enquanto a Reforma Tributária não vem, os Estados continuaram praticando essa política de incentivos, a Bahia parou no tempo a partir de 2007, e perdeu importantes investimentos, "tanto que nada de novo surgiu no atual governo".
CONTRADIÇÕES
O ex-governador também criticou o artigo da secretária da Casa Civil, Eva Chiavon, na qual, em A Tarde, defende e fala de incentivos a micro e pequenas empresas, quando, o que se vê, agora, com o "Acelera Bahia" são incentivos aos ramos da indústria pesada (náutica, petroqímica, biodisel), numa flagrante contradição "entre o que se fala e o que se faz".
Paulo Souto lembrou ainda, além da fase atual, o único período de estagnação da Bahia nos últimos anos ocorreu entre 1987/1990, época dos governos de Waldir Pires e Nilo Coelho, quando a Bahia cresceu a média de 0.2% ao ano, "exatamente os correligionários do atual governador".