Política

SENADOR MARCO DO VAL VAI A SESSÃO DO SENADO COM TORNOZELEIRA E CHINELO

Congresso com imagem desgastada no embate com o STF
Tasso Franco ,  Salvador | 07/08/2025 às 11:31
Marco do Val terceiro à direita da foto
Foto: REP
O senador Marcos do Val (Podemos-ES) compareceu ao Senado Federal pela primeira vez, nesta quarta-feira (6), após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal) que determinou o uso de tornozeleira eletrônica.

Com o equipamento exposto, Do Val aderiu ao protesto da oposição contra do STF e em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele permaneceu com adesivo sobre a boca e colegas de parlamento deram uma entrevista coletiva em nome dele.
Na última segunda-feira (4), a PF (Polícia Federal) realizou uma operação contra o senador. Desde então, o parlamentar passou a ser monitorado por tornozeleira eletrônica e está submetido a medidas cautelares.

Mesmo com ordem do Supremo de entregar seus passaportes, Do Val permaneceu por dez dias nos Estados Unidos. De acordo com o senador, a viagem foi possível devido ao seu passaporte diplomático.

O presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP), fará um pedido de revisão de medidas cautelares impostas ao senador Marcos do Val (Podemos-ES). O pedido foi feito à Advocacia do Senado e informado aos líderes em reunião nesta quarta (5).

Alcolumbre ainda anunciou que a a procuradoria do Senado deverá representar à mesa pela suspensão do mandato de Marcos do Val por seis meses. Caberá ao senador Alessandro Viera, procurador da Casa, dar andamento ao rito. O Conselho de Ética do Senado não está funcionando.

A decisão ocorreu após reunião do presidente do Senado com líderes partidários nesta quarta-feira (6). O encontro foi convocado após a oposição realizar protesto que travou os trabalhos na Câmara dos Deputados e no Senado.

Alcolumbre ainda determinou que a sessão deliberativa de quinta-feira (7) seja realizada temporariamente em sistema remoto. “A decisão tem por objetivo garantir o funcionamento da Casa e impedir que a pauta legislativa, que pertence ao povo brasileiro, seja paralisada”, destacou em nota.