A crise que paralisou o atendimento do SUS em diversos estados nordestinos nos últimos três meses pode se estender para Bahia, caso não ocorra uma recomposição imediata da tabela do sistema.

  A avaliação é do presidente do Sindicato dos Hospitais Estabelecimentos e Serviços de Saúde do Estado da Bahia (Sindhosba) Raimundo Correia, que realiza nesta segunda-feira (24), às 18h, no auditório do sindicato, uma assembléia extraordinária.

   O movimento, organizado por médicos de diversas especialidades, funcionários das Secretarias Municipais de Saúde dos Estados do Ceará, Alagoas e Pernambuco, reivindicou reajustes nos valores pagos pelo SUS.

   Como resultado deste movimento, o Ministério da Saúde vai repassar R$ 2 bilhões para recompor o teto físico e financeiro de diversos estados e de alguns municípios do Nordeste, das especialidades e de alguns procedimentos de imagem.
 
   SALVADOR
 
   O presidente do Sindhosba, Raimundo Correia, afirma que em Salvador a situação se agravou nos últimos meses. "Tentamos uma reunião com o Secretário Municipal de Saúde, Carlos Trindade, que não nos recebeu para tratar de assuntos de interesse dos prestadores credenciados ao SUS Salvador e dos usuários do Sistema Único de Saúde.

  Outro acordo anunciado pela SMS Salvador foi o reajuste da consulta para R$ 7,55, a partir de 1º de maio de 2007 e até hoje, não foi publicado no Diário Oficial do Município", explica.
 
  Ele acrescenta que, recentemente, diversos colegas que trabalham com a medicina alternativa ou de "preços populares" foram acusados de cobrar duas vezes para o Sistema Único de Saúde - SUS, sem ao menos possuir contratos com a SMS Salvador.

  Durante a assembléia extraordinária será feita uma análise da situação do SUS no Estado para se definir quais as ações serão tomadas pela classe médica, a partir do dia 25 de setembro. O que: Assembléia Extraordinária Quando: (24.09) às 18h Quem: Raimundo Correia Onde: Rua Frederico Simões, 98 - Ed. Advanced Trade Center, 14º, Caminho das Árvores.