Saúde

SECRETÁRIO TRINDADE DIZ QUE CRISE NOS POSTOS DE SAÚDE VAI ACABAR

O debate aconteceu na Câmara de Salvador
| 10/10/2007 às 17:09
  Com a presença do secretário da saúde de Salvador, Carlos Trindade, a crise da saúde foi discutida na Câmara Municipal. Vereadores, representantes de instituições de saúde e populares também fizeram parte dos debates, podendo, inclusive, fazer perguntas ao secretário.


   Assumir tardiamente o comando da saúde na terceira maior capital do Brasil, para Trindade, foi um grande desafio. A crise financeira na saúde é apontada com a principal causa da crise em que  a cidade se encontra. O secretário acha que as discussões sobre o tema devem ser aprofundados para que a população entenda e se sensibilize com o assunto.

     
  "Estamos assumindo a Secretaria em um momento em que o governo já está no seu final, mas não podemos ter esse horizonte. Precisamos fazer com que a sociedade se engaje e, consequentemente, a cidade só tem a ganhar", afirmou o secretário.

  
   Ainda segundo Trindade, a situação crítica verificada pelos vereadores em suas visitas aos postos de saúde da cidade, já está sendo revertida com o apoio da secretaria estadual. "Com a ajuda de Jorge Solla conseguimos recursos para manutenção das ambulâncias da Samu, para melhorar a regularidade do abastecimento de medicamento nos postos e para dar continuidade a 14 obras em unidades de saúde que estavam paralisadas", disse.


    A importância de Salvador para os outros municípios da Bahia não é refletida, na opinião do secretário, em um financiamento diferenciado. "As unidades da cidade têm relação com os 416 municípios do estado e deveria ter um financiamento diferenciado. Precisamos fazer com que as peculiaridades de Salvador sejam entendidas porque ela está sendo prejudicada", concluiu.

    
    O presidente da Associação dos Hospitais e Serviços de Saúde do Estado da Bahia (Ahseb), Marcelo Brito, apresentou dados que  comprovam a precariedade do atendimento público na capital. "Segundo os atendidos, as duas melhores unidades em termos de atendimento são privadas. As três piores são públicas e 78% dos atendidosdisseram que preferem as privadas. O povo tem que ter a liberdade de escolher", alegou o presidente da Ahseb.

   
   Já o representante do Conselho Municipal de Saúde, Altair Lira, comentou sobre a falta de estrutura do Conselho e pediu uma mudança de mentalidades. "Se pensa muito em clínicas e hospitais, mas se pensa pouco em educação na saúde", afirmou Lira.


   O vereador Alan Sanches (PSDB) acha que a discussão entre privado e público não tem fundamento. "O que importa mesmo é o atendimento que está snedo prestado à população. Se é público ou privado não interessa. O que interessa é que a população não está sendo atendida", relatou o tucano. (Repórter - Marivaldo Filho)