A crise no setor de saúde parece não ter fim
A crise nos hospitais de emergência do Estado ainda persiste. Metade dos 22 leitos da UTI do Hospital Roberto Santos, em Salvador, está desativada. Os demais estão interditados em virtude da reforma que vem sendo feita no local e cirurgias estão sendo adiadas sine-die.
Segundo o deputado Heraldo Rocha, integrante da Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa da Bahia, a reforma é nebulosa. Ninguém tem informações mais detalhadas do que se passa.
O deputado enviou requerimento ao secretário Jorge Solla da SESAB, solicitando esforços da secretaria no sentido de providenciar o imediato repasse dos pagamentos atrasados referentes aos meses de setembro, outubro e novembro dos cirurgiões pediatras, evitando que estes profissionais que atualmente prestam serviços nos hospitais e maternidades públicas de Salvador, concretizem a ameaça de suspender as cirurgias de crianças, devido aos três meses de atraso do pagamento de seus vencimentos por parte da SESAB.
No requerimento o parlamentar da Bancada de Oposição da Assembléia ressalta que, de acordo com as estatísticas, cerca de 40 crianças deixarão de ser operadas por dia em nosso estado caso essa promessa se suceda.
O Líder do Democratas relata que sempre se mantêm preocupado com a qualidade dos serviços públicos prestados pelos órgãos estaduais em nosso estado, e que está temeroso pelas terríveis conseqüências vindouras, caso, efetivamente, a ameaça de paralisação dos serviços dos cirurgiões pediatras se concretize.
Heraldo Rocha finaliza seu requerimento aplaudindo a nobre atitude por parte desses profissionais médicos de não pararem de trabalhar nas unidades hospitalares, apesar dos médicos perceberem que a situação de ficar sem receber seus salários beira a insustentabilidade - atitude essa, certamente tomada em reconhecimento, por parte dos mesmos, da importância da prestação de seus serviços à coletividade.