Saúde

FEBRE AMARELA: AGENTES DE COMBATE AO MOSQUITO ESTÃO EM GREVE EM SSA

Capital está vunerável
| 17/01/2008 às 00:28
  Os responsáveis pelo extermínio do mosquito transmissor da febre amarela estão de braços cruzados em Salvador.

  Em assembléia realizada na terça, 15, os mais de 3 mil trabalhadores filiados ao Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde (Sindacs Bahia) entraram em greve, devido ao atraso dos salários, que são pagos pela Prefeitura.


  De acordo com Lázaro Figueiredo, diretor de comunicação do Sindacs Bahia, o salário dos agentes tem atrasado nos últimos dois anos. "O trabalhador não tem como se estabilizar ou fazer planos com o pagamento que deveria receber até o quinto dia útil. Estamos sempre esperando que vá acontecer algum problema com o dinheiro".


  Em 2007, devido aos atrasos de pagamento, a categoria entrou em greve em diversas ocasiões, conforme explica o cooordenador geral do Sindacs, Edvaldo Leite Santana: "Já em janeiro do ano passado tivemos que parar por causa disso. A partir de julho, tivemos que fazer paralisações quase todos os meses. O pior mês foi dezembro, quando o salário só foi depositado na madrugada de 24 para 25, a noite de Natal"


  O dinheiro é repassado pelo município à Real Sociedad Espanhola, empresa que faz o pagamento e administra as terceirizações dos funcionários. O quadro inclui, além dos Agentes de Combate a Endemias (ACE), que vão de casa em casa espalhando inseticida e removendo pontos de água parada, outros profissionais envolvidos no combate, como biólogos, médicos veterinários, agentes comunitários (que fazem trabalho educativo sobre saúde) laboratoristas e motoristas, além de porteiros, auxiliar de almoxarifado e auxiliares de serviços gerais. 


  Além do pagamento, o Sindacs reivindica a realização de seleção pública para que os agentes passem para o quadro da prefeitura. "O contrato da Prefeitura com a Real Sociedad Espanhola acabou no ano passado, mas eles conseguiram uma prorrogação de emergência, já que os agentes de combate às endemias não podem ser substituídos por funcionários de outra terceirizada.