O médico Robert Veres, um dos responsáveis pela cirurgia para a retirada de fragmentos do osso do crânio de Felipe Massa, afirmou nesta segunda-feira que a lesão sofrida pelo piloto brasileiro afetou seu olho esquerdo, mas que ainda é impossível avaliar os prejuízos gerados.

O piloto da Ferrari sofreu uma fratura no crânio e concussão cerebral após ser atingido no capacete por uma mola que se soltou do carro de Rubens Barrichello, no sábado, durante o treino classificatório para o GP da Hungria de F-1.

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Massa está internado no Hospital Militar de Budapeste e, apesar de estar sedado, já consegue se comunicar ativamente, ou seja, reage quando falam com ele. O piloto já consegue mexer mãos e pernas, o que significa que seu cérebro não deve ter sofrido nenhum dano específico.

Segundo Veres, os médicos estão preocupados com o olho esquerdo de Massa. "Não sabemos exatamente [como está], porque é difícil de avaliar essa função [a visão]", disse o cirurgião, que assegurou que a vida do piloto não corre risco imediato.

Apesar do otimismo sobre o quadro clínico de Massa, o médico afirmou que ainda não tem como falar sobre uma possível volta do piloto à F-1.

Ele, inclusive, cogitou a hipótese de o brasileiro não ter mais condições de participar da categoria.

É MUITO CEDO

"Eu não sei [se ele poderá retornar]. É muito cedo", disse Veres.

Nesta segunda-feira, Massa recebeu a visita do presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo. O dirigente disse que a recuperação completa do piloto é a prioridade da escuderia, mas admitiu que terá que pensar sobre o possível substituto do brasileiro para a próxima etapa, o GP da Europa, no dia 23 de agosto.

"A nossa prioridade é que Felipe esteja bem. Ele não é só um membro da equipe, é parte da família Ferrari. Eu estou otimista, todos os sinais são positivos. Depois, veremos e pensaremos [no futuro], sem pressão. Só tomaremos uma decisão no momento adequado."

Os nomes mais comentados para substituir Massa na Ferrari são os dos pilotos de teste Luca Badoer e Marc Gené. Um retorno do já aposentado Michael Schumacher também foi cogitado.

O diário espanhol "As" também especulou sobre a hipótese Fernando Alonso dirigir um dos carros da Ferrari no GP da Europa, já que a Renault está suspensa da prova depois de ter sido considerada negligente pela FIA no caso em que Alonso perdeu uma das rodas durante a corrida na Hungria.