Sou apaixonada pela Espanha e pela cultura espanhola. A cidade que mais gosto e admiro no mundo é Barcelona. Essa ligação pode ser explicada pelo fato de os espanhóis parecerem com os brasileiros. Gostam de rua, de um papo regado a bebida, comem maravilhosamente bem e ainda dão uma dormidinha básica durante a tarde. 

Tudo isso em paisagens incríveis, com monumentos de cair o queixo. Listo abaixo os lugares mais interessantes que o visitante vai encontrar nas principais cidades da Espanha. 

Em Sevilha, a catedral Santa María de la Sede de Sevilha é patrimônio mundial desde 1987. É uma das catedrais góticas de maior superfície do mundo e reune os estilos almóada, mudéjar, gótico, renascentista e barroco. A catedral é um ícone da capital andaluza e do país. Na basílica, estão os restos mortais de Cristóvão Colombo e de vários reis de Castela. Mais informações em www.catedraldesevilla.es. 

O Mercado da Boquería, em Barcelona, fica no coração da Rambla e é um dos maiores mercados da cidade. É um festival de cores, sabores, bebidas e alegria. A última e recente reforma ampliou o mercado, que recebe uma quantidade enorme de turistas. Tantos, que a prefeitura proibiu a degustação de alimentos nos postos. Uma pena, porque é difícil resistir aos queijos e embutidos a mostra no local. Ainda em Barcelona, não perca uma atração do arquiteto Antoni Gaudí. A Casa Batlló (Passeig de Gràcia, 43) é de cair o queixo. Fiquei tão impactada com o lugar que não queria sair. O edifício foi construído em 1877 por Emilio Sala Cortés e reformado entre 1904 e 1906 pelo arquiteto catalão durante sua fase naturalista. Em alguns momentos, parece que estamos no fundo do mar. Os tons de azul, o design dos móveis, tudo reflete o gênio que era Gaudí. 

Atualmente a casa Batló pertence à família Bernat. Foi aberta ao público em 1995 e estima-se que um milhão de pessoas a visitam todos os anos. Minha sugestão é que a visita seja feita com o áudio-guia para entender os mínimos detalhes da casa. Impacto mesmo, no entanto, tive na Sagrada Família. Ao entrar na igreja, chorei de emoção. A igreja ainda está em construção, mesmo com Antoni Gaudí tendo assumido o projeto em 1883. Hoje, 70% da construção da basílica está concluída. Milhares de turistas a contemplam diariamente (é o monumento mais visitado da Espanha, com mais de quatro milhões e meio de pessoas em 2017). É deslumbrante por dentro e por fora. Para entender o gênio Gaudí, utilize o audio-guia. Aqui, os detalhes extrapolam e entende-los faz a visita ainda mais interessante. A nota triste é que o arquiteto morreu atropelado por um bonde enquanto contemplava a obra. 

Voltando a Sevilha, o Real Alcázar é um dos palácios reais com mais história de toda a Espanha. Remonta ao início do século X, quando o califa de Córdoba, Abderramão III an-Násir, ordenou em 913 a construção de um novo edifício de governo em Sevilha. Atualmente, é a residência da família real espanhola durante suas estadias na capital da Andaluzia. E por falar na Família Real Espanhola, o Palácio Real de Madri (em Madri) é outra atração imperdível da Espanha. Começou a ser construído em 1738, sendo residência real desde o reinado de Carlos III até o de Alfonso XIII (ainda é a residência oficial dos reis, mas atualmente não vivem nela). A riqueza artística do palácio, tanto em relação aos materiais de construção quanto à decoração, inclui obras de Caravaggio, Velázquez e Francisco de Goya. O palácio é enorme e, particularmente, achei a visita um pouco chata. A visita ao palácio (10 euros) inclui ainda acesso ao Arsenal Real e, por mais 4 euros, à Cozinha Real.

Para fechar, não deixe de visitar o Conjunto Monumental Mesquita-Catedral de Córdoba, que data do ano 786. É a construção islâmica mais importante, impressionante e imponente do mundo ocidental, um grande marco na arquitetura islâmica do Ocidente.