Política

QUEM TEM MEDO DE ROSEMBERG PINTO? TODOS, INCLUSIVE O LIDER MAIOR (TF)

Há anos o petista tenta ser presidente da Assembleia e não consegue, isso desde o segundo governo Wagner
Tasso Franco , Salvador | 31/01/2025 às 10:30
Rosemberg Pinto é mais uma vez rifado
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   O lider do governo na Assembleia Legislativa, Rosemberg Pinto (PT) é um petista de raiz forjado na plataforma política das lutas da Petrobras e da campanha histórica "o petróleo é nosso' garantindo a atividade como estatal. Há 14 anos, Rosemberg vem tentando ser presidente da Assembleia Legislativa e, embora o petismo controle o Poder Executivo desde 2007, com Jaques Wagner, não consegue.
 
   A questão reside em essência, no nosso entendimento, justamente por isso (em grau maior, mas, não impeditivo por lei) para que os dois poderes - Executivo e Legislativo - não fiquem sob controle do PT. Quando Wagner derrubou o "carlismo" não tinha maioria na Assembleia e o eleito presidente foi Marcelo Nilo, histórico adversário de ACM e ligado ao juracisismo. No segundo mandato de Wagner, o lider do governo era o deputado Waldenor Pereira (hoje, deputado federal) Rosemberg entendeu que era sua vez (ou do PT como queiram) assumir a presidência da ALBA.

  Wagner, se quisesse ou impusesse, o faria presidente. Mas, Wagner estava satisfeito com Marcelo, aprovava tuido, então, pra que mexer. Deu Marcelo de novo e assim ele foi ficando até 2016 quando houve a rebelião Otto Alencar + João Leão (PP) que o apeou do poder (Rui Costa lavando as mãos), quando foi eleito Angelo Coronel e estabeleceu-se um acordo que o próximo presidente seria do PP, como de fato foi, Nelson Leal (PP).

  Rosemberg desaqueceu suas pretensões e voltou a carga com o fim do acordo PSD/PP e a saída de Leão da base integrando a camapnha de ACM Neto. Com Adolfo já em segundo mandato (4 anos na presidência), Rosemberg viu que havia chegado sua vez. E nada mais justo esta pretensão uma vez que é um deputado moderado, lider de dálogo e tem prestado grandes serviços ao governo.

  E parecia que, de fato, alcançaria o seu objetivo e com o apoio do PT. Mas, ledo engano, nem todo PT o queria e na reunião de ontem, de sua base, saiu faisca pra todo lado e Rosermberg se defendeu dizendo que sua candidatura não fissurava a base, pelo contrário, trabalhava pela unidade.

  E, nem toda a base também o queria, tanto que, em comum acordo, Otto Alencar e Jerônimo Rodrigues lançaram um tércio ou um terceiro nome para alcançar a pacificação entronisando a deputada Ivana Bastos.

  Eu que acompanho a Assembleia desde o primeiro governo Wagner não vejo motivos para se ter tando medo de Rosemberg. É confiável? É; É bom tribuno. É; Dialoga bem. Sim; Há sinais de que já fez alguma trairagem? Não; É lulista ferrenho? É; Conversa bem com a oposição? Conversa; Espalha brasas? Não; É elegante com a base? Sim; Nunca o vi alterando a voz e/ou postura.

  Por que então o medo de Rosemberg? Para a opoaição pelo fato de ser petista até justifica. Mas, para a base, inclusive para o governador, nada justiça. O rifamento de Rosemberg parece-nos uma injustiça. 

  Ora, ele presidente faria o que os outros já fizeram desde Marcelo Nilo, passando por Angelo Coronel, Nelson Leal e Adolfo Menezes. Todos apoiaram integralmente as ações governamentais. 

  Imagino que Rosemberg esteja maogado 'interna-corporis', mas, sendo petista, deve encarar o seu rifamento como mais uma missão. (TF)